Marcelo Rebelo de Sousa esteve, esta sexta-feira, reunido com o Presidente angolano, João Lourenço, em Luanda, à margem da Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP.
Em declarações aos jornalistas, o Chefe de Estado português fez um balanço muito positivo do encontro.
"Correu muito bem, deu para trocar impressões sobre a pandemia, sobre os problemas que o Presidente João Lourenço expôs sobre a pandemia em África e em Angola, em particular", começou por referir.
Sublinhando que a variante Delta só agora é que começou a chegar a Angola, o Presidente da República garantiu que Portugal "vai continuar a dar" apoio "permanentemente" aos angolanos no que diz respeito à vacinação contra a Covid-19.
Depois, adiantou também Marcelo Rebelo de Sousa, os dois Presidentes falaram do estado da Economia em Angola, que, a par da maioria dos países, também registou "um abrandamento" devido à pandemia, que provocou baixas no preço do petróleo.
"Portanto, falámos muito da situação pandémica e da económica, que é a prioridade para os próximos dois anos da presidência angolana da CPLP. Falámos também da importância da abertura à juventude da CPLP, da mobilidade dos jovens, do intercâmbio escolar, científico e tecnológico no futuro, ligado à parte empresarial mas para além dela. Ou seja, falámos de problemas comuns e pontos de vista comuns", resumiu, acrescentando que as relações entre Portugal e Angola continuam "muito boas".
Sobre o facto da Guiné Equatorial continuar a manter um quadro legar que permite a pena de morte, Marcelo Rebelo de Sousa lamentou que ainda não tenha sido aprovada uma alteração legislativa para terminar com a prática.
"As promessas que têm sido feitas não têm tido concretização e isso é punitivo para quem queria ver a Guiné Equatorial a assumir um papel de presidência na CPLP. Assim, vai ser adiado", rematou sobre a matéria.
O chefe do Estado português chegou, ontem, a Luanda para participar na XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CPLP. Esta manhã, Marcelo Rebelo de Sousa acabou mesmo por interromper o trânsito, enquanto dava um passeio na capital angolana, tendo sido saudado por dezenas pessoas que o acompanharam enquanto percorria a pé as ruas da baixa.
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