A proposta, apreciada em reunião privada do executivo, teve a abstenção do PCP e os votos favoráveis do PS, BE, PSD e CDS-PP, indicou à agência Lusa fonte do município.
O projeto elaborado pela autarquia -- que será submetido a discussão pública - abrange a intervenção em 34 eixos viários numa área de 25.000 metros quadrados, dá conta o documento.
A Câmara de Lisboa pretende redefinir os pavimentos "com um desenho de claro-escuro, retomando a área tradicional do passeio junto ao edificado, enquanto na via seria reutilizado o granito", sublinha a proposta assinada pelos vereadores João Paulo Saraiva (Finanças), Miguel Gaspar (Mobilidade) e Ricardo Veludo (Urbanismo).
Propõe-se, também, o nivelamento das áreas de passeio e das faixas de rodagem, assim como a redução da velocidade em todos os eixos de circulação e a criação de faixas de alargamento dos passeios.
A inclusão de estruturas verdes, "como a plantação de árvores de pequeno porte e/ou de trepadeiras" é outra das intenções do município para a requalificação daquele bairro icónico da cidade.
O município, presidido por Fernando Medina (PS), quer ainda criar novos espaços de estadia, reorganizar o estacionamento e introduzir infraestruturas técnicas, designadamente "sumidouros ou caixas/calhas uniformes para a rede de iluminação pública".
Por fim, a Câmara salienta a "valorização e divulgação do património com a criação de percursos que dão a conhecer os elementos de valor patrimonial na área de intervenção".
A proposta lembra que o Bairro Alto, localizado na freguesia da Misericórdia, começou a ser construído no final do século XV e a sua história é "indissociável dos seus vários atores", como os jesuítas, a nobreza, a burguesia e, mais tarde, os jornalistas.
A partir da segunda metade do século XX, principalmente a partir dos anos 80, o Bairro Alto constituiu-se como um dos principais polos de diversão noturna da capital portuguesa.
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