Medidas para pandemia nos Açores decididas com "bom senso"
O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, disse hoje que as medidas de combate à pandemia da covid-19 são decididas com "equilíbrio" e "bom senso", reconhecendo que o "cansaço" da população dificulta o cumprimento das regras.
© Facebook / José Manuel Bolieiro
País Covid-19
"Estamos a decidir com equilíbrio, com bom senso, na procura de chamar à atenção às pessoas para a prudência, designadamente da etiqueta recomendada pela Autoridade Regional de Saúde pública para os comportamentos individuais", afirmou, após uma reunião na sede da Presidência, em Ponta Delgada, com a embaixadora do Canadá em Portugal, Elizabeth Rice Madan.
O diretor regional da Saúde, Berto Cabral, anunciou hoje alterações às medidas restritivas de combate à covid-19 no arquipélago, registando-se um alívio, com alargamento de horários de funcionamento da restauração e redução do período de circulação na via pública, mesmo nos concelhos de alto risco.
"Com o cansaço da população, e por isso a dificuldade de aderir às medidas mais restritivas, e o impacto que tem na economia, é preciso utilizar nesta avaliação do presente e para o futuro no controlo da pandemia, uma visão mais holística relativamente às opções de decisão política", observou Bolieiro.
O presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) disse que as medidas acarretam uma "componente de restrição" para "dar um sinal de que importa ter um condicionamento à normal atividade das pessoas".
Para Bolieiro, existe, "efetivamente", um cansaço" da população quanto à pandemia da covid-19.
Devido a esse "cansaço", as medidas de controlo da pandemia devem ser "adaptadas à circunstância epidemiológica", ao processo de vacinação e à "capacidade de resposta" do Serviço Regional de Saúde, defendeu.
O presidente do executivo açoriano destacou que as novas variantes da pandemia têm uma "especificidade muito aceleradora da propagação" do novo coronavírus.
Contudo, ressalvou, a taxa de vacinação na região permite ter uma "outra oportunidade e um outro espaço" para "minimizar o risco de propagação" da covid-19.
"Felizmente, nos Açores temos, e adiantamo-nos em relação à média nacional, um conjunto de ilhas com vacinação superior a 70% da população e com imunidade de grupo adquirida", lembrou, referindo-se à Operação Periferia, que vacinou em massa cinco ilhas açorianas sem hospital (Flores, Pico, Graciosa, São Jorge e Santa Maria).
O secretário regional da Saúde revelou que, a partir das 00:00 de segunda-feira, os concelhos de Ponta Delgada e Lagoa, na ilha São Miguel, e Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira, com alto risco de transmissão de SARS-CoV-2, ficam em situação de calamidade pública.
Foi decidido que, nos concelhos de médio-alto e de alto risco o horário dos restaurantes é alargado das 22:00 para as 23:00, mas nos de alto risco os cafés têm de encerrar às 20:00.
Também a partir das 00:00 de segunda-feira, os estabelecimentos de restauração, bebidas e similares nos concelhos em baixo e muito baixo risco deixam de ter obrigatoriedade de encerramento à meia-noite.
Os Açores têm atualmente 495 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, dos quais 308 em São Miguel, 151 na Terceira, 13 no Pico, nove em São Jorge, sete nas Flores, seis no Faial, e dois na Graciosa.
O número de novos casos de covid-19 subiu hoje nos Açores, registando-se 71 novos doentes nas últimas 24 horas e 495 casos positivos ativos.
Desde o início da pandemia, foram diagnosticados na região 7.233 casos de infeção por SARS-CoV-2, tendo ocorrido 6.556 recuperações e 35 mortes. Saíram do arquipélago sem terem sido dadas como curadas 85 pessoas e 62 apresentaram comprovativo de cura anterior.
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