Marcelo homenageia Otelo e destaca "intervenção central" no 25 de Abril
O Presidente Marcelo lembrou, na tarde deste domingo, Otelo Saraiva de Carvalho, enquanto capitão de Abril que teve um "papel essencial" no "momento decisivo da história contemporânea do nosso país".
© Getty Images
País Otelo Saraiva de Carvalho
Depois de ter reagido à morte de Otelo Saraiva de Carvalho através de uma nota publicada na página da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa destacou, na tarde deste domingo, em Celorico de Basto, o papel central do capitão no comando no 25 de abril.
"O que sobressai é o capitão de Abril, no seu papel essencial, naquilo que constituiu um momento decisivo da história contemporânea do nosso país, que foi o 25 de Abril e a viragem que trouxe na ditadura, através da revolução para a democracia", indicou aos jornalistas, à margem da participação no Dia do Município de Celorico.
Otelo Saraiva de Carvalho, frisou ainda, "no juízo global feito neste momento, daquilo que podemos hoje apreender, da última palavra quanto ao papel na história contemporânea, aquilo que avulta é essa intervenção central em termos de coordenação operacional no 25 de Abril, que por sua vez representa um momento decisivo da mudança do regime político, económico e social do país".
Otelo Saraiva de Carvalho, militar e estratego do 25 de Abril de 1974, morreu hoje de madrugada aos 84 anos, no hospital militar.
O capitão teve uma carreira militar desde os anos 1960, fez uma comissão durante a guerra colonial na Guiné-Bissau, onde se cruzou com o general António de Spínola, até ao pós-25 de Abril de 1974.
Depois do 25 de Abril, foi comandante do COPCON, o Comando Operacional do Continente, durante o Processo Revolucionário em Curso (PREC), surgindo associado à chamada esquerda militar, mais radical, e foi candidato presidencial em 1976.
Na década de 1980, o seu nome surge associado às Forças Populares 25 de Abril (FP-25 de Abril), organização armada responsável por vários atentados e mortes, tendo sido condenado, em 1986, a 15 anos de prisão por associação terrorista. Em 1991, recebeu um indulto, tendo sido amnistiado anos depois.
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