"Morreu hoje aos 82 anos, vítima de doença oncológica, a pianista Olga Prats, nome maior do panorama musical português, que assim ficou mais empobrecido", lê-se numa mensagem de pesar do presidente do parlamento português, enviada à imprensa.
Ferro Rodrigues lembra que "com quase sete décadas de carreira", Olga Prats "privilegiou a música de câmara, foi fundadora de grupos musicais, como o Opus Ensemble, em 1980, tendo-se destacado na divulgação de compositores portugueses contemporâneos".
"Colaboradora de Lopes-Graça, Constança Capdeville e Victorino d'Almeida, os quais lhe dedicaram várias peças, Olga Prats aventurou-se também por outras musicalidades, como o tango, tendo sido a primeira pianista a tocar e a gravar o argentino Astor Piazzola em Portugal, ou o fado, tocado ao piano", recorda.
O presidente da Assembleia da República destaca ainda o facto de Olga Prats ter sido jurada, desde a sua criação, do Prémio José Afonso, "que anualmente distingue um álbum inédito de música portuguesa" e também em "concursos de música erudita, tanto em Portugal, como no estrangeiro".
É ainda referido na nota que em 2008, Olga Prats "foi agraciada Comendadora da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, em reconhecimento da excecionalidade da sua carreira e do seu contributo para a Cultura portuguesa".
"Neste dia de tristeza pessoal, quero transmitir em meu nome e em nome da Assembleia da República à família e amigos a expressão do mais sentido pesar pelo falecimento de Olga Prats", termina.
A pianista Olga Prats morreu hoje, aos 82 anos, na sua residência na Parede, concelho de Cascais, vítima de doença oncológica, disse à Lusa o compositor Sérgio Azevedo, que era seu amigo.
Ao longo dos quase 70 anos de carreira, Olga Prats privilegiou a música de câmara, destacando a produção contemporânea.
Lecionou no Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música de Lisboa até novembro de 2008.
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