De acordo com Clélio Meneses, naquelas duas ilhas os ajuntamentos e ocupação de mesas em cafés ou restaurantes são alargados para oito pessoas, o comércio e a restauração passam a funcionar com um máximo de dois terços da capacidade, sem restrições horárias, e os eventos culturais e desportivos acolhem um terço da lotação.
De acordo com a nova matriz, foi também alterado o rácio de casos de covid-19 que impõe a obrigatoriedade de rastreio à infeção por SARS-CoV-2 para as viagens interilhas, "razão pela qual, nos voos a partir da Terceira, deixa de ser obrigatória a realização de teste, bem como o teste ao 6.º dia", acrescentou o governante, em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, na Terceira.
De acordo com a nova matriz, foi também alterado o rácio de casos de covid-19 que impõe a obrigatoriedade de rastreio à infeção por SARS-CoV-2 para as viagens interilhas, "razão pela qual, nos voos a partir da Terceira, deixa de ser obrigatória a realização de teste, bem como o teste ao 6.º dia", acrescentou o governante, em conferência de imprensa em Angra do Heroísmo, na Terceira.
"Cada vez mais, os testes serão feitos por sintomatologia e para acesso a eventos", observou o secretário Regional.
Questionado sobre se uma das motivações para a alteração da matriz de risco foi a vertente económica, Clélio Meneses disse que as decisões assentam num conjunto de fatores, mas, "sobretudo e essencialmente, na defesa da saúde pública".
"As decisões que limitam a circulação de pessoas ou atividades só devem existir em situações limite, de risco para a vida e a saúde das pessoas. Agora, estando salvaguardados através da vacinação, não faz sentido duplicar medidas", justificou.
Em cinco das nove ilhas açorianas (Santa Maria, Pico, São Jorge, Graciosa e Corvo), onde mais de 70% da população está vacinada contra a covid-19, passa a existir apenas um "plano de contingência para eventos e espaços de dança".
Nas ilhas do Faial e Flores, ambas próximas de chegar ao 70% da população inoculada com duas doses (registam 69% e 67%, respetivamente), deixa de existir restrição horária nos estabelecimentos, que podem funcionar com três quartos da lotação e apenas os espaços de dança se mantêm encerrados.
Nestas ilhas, os espaços desportivos podem funcionar com 50% da lotação, segundo Clélio Meneses.
O secretário Regional esclareceu que a alteração da matriz de risco regional foi decidida em Conselho de Governo realizado na quinta-feira e passa a ter por base a taxa de incidência de casos, o número de internamentos em hospital e o de óbitos devido à covid-19.
Assim, relativamente à taxa de incidência, às ilhas com "menos de 50 casos por 100 mil habitantes" serão atribuídos "zero pontos".
As que tiverem entre 50 e 99 casos por 100 mil habitantes recebem um ponto e as que tiverem mais de 100 casos ficam com dois pontos.
Quanto aos internamentos, se diminuírem numa semana, a ilha recebe zero pontos, se se mantiverem, é atribuído um ponto e, se aumentarem, recebem dois pontos.
Quanto aos óbitos, se forem zero, é registado o mesmo número de pontos. Quando houver até três óbitos, é atribuído um ponto e, nos casos em que forem mais de três, são registados dois pontos.
Com o somatório de pontos destes três critérios, a ilha é classificada de "muito baixo risco" se tiver zero pontos.
Caso tenha entre um e dois pontos, a ilha passa a "baixo risco".
Se tiver entre três e quatro pontos, é colocada em "médio risco", passando a "médio alto" no caso de ter cinco pontos e a "alto risco" se tiver seis pontos.
Até agora, a avaliação dos níveis de risco na região tinha por base um modelo alemão, de semáforos, calculado em função do número de novos casos de covid-19 por 100 mil habitantes num período de sete dias.
Existiam cinco níveis de risco: muito baixo (menos de 25 casos por 100 mil habitantes), baixo (entre 25 e 49 casos por 100 mil habitantes), médio (entre 50 e 74 casos por 100 mil habitantes), médio alto (entre 75 e 99 casos por 100 mil habitantes) e alto (mais de 100 casos por 100 mil habitantes).
Em 23 de julho, o Governo Regional dos Açores alterou as medidas restritivas de combate à covid-19, alargando horários de funcionamento da restauração e reduzindo a proibição de circulação, mesmo nos concelhos de alto risco, que então eram os de Ponta Delgada e Lagoa, na ilha de São Miguel, e Angra do Heroísmo e Praia da Vitória, na ilha Terceira.
De acordo com o boletim de hoje da Autoridade Regional de Saúde, nas últimas 24 horas foram diagnosticados na região 55 novos casos de covid-19, sendo 38 em São Miguel, oito na Terceira, seis no Faial, dois no Pico e um em São Jorge, decorrentes de 1.936 análises realizadas nos laboratórios de referência da região e uma em laboratório privado não convencionado.
Estão hoje internados oito doentes: quatro no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada (com um em UCI -- Unidade de Cuidados Intensivos), três no Hospital de Santo Espírito em Angra do Heroísmo (com um em UCI), na Terceira, e um no Hospital da Horta, no Faial.
Ainda de acordo com o boletim diário da Autoridade de Saúde, o arquipélago conta presentemente com 541 casos ativos, sendo 410 em São Miguel, 91 na Terceira, 13 em Santa Maria, 10 no Faial, oito em São Jorge, oito no Pico e um nas Flores.
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