O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task force para a vacinação, está a visitar entre hoje e amanhã vários centros de vacinação pelo país e falou aos jornalistas na Mealhada, onde já foram vacinadas mais de 24 mil pessoas.
O responsável começou por abordar o anúncio de ontem de que a modalidade 'Casa Aberta' foi disponibilizada para os maiores de 18 anos. Questionado sobre a possível extensão aos mais novos, Gouveia e Melo deu conta apenas de que "nesta fase estamos a organizar os fins de semana para ter um processo mais organizado para esses jovens e tudo indica que vai correr bem".
"Claro que se não correr tão bem em termos dos autoagendamentos, encontraremos outras soluções para trazer os jovens à vacinação, que é o importante", acrescentou, na antena da RTP.
Sobre a meta anunciada pelo primeiro-ministro de que a 19 de setembro a população entre os 12 e os 17 anos estaria toda vacinada, o coordenador crê que será possível cumprir o prazo. "Planeámos esta ação para acabar a 19 de setembro há mais de três semanas. Porquê? Por causa do início do ano escolar e tudo indica que vamos conseguir cumprir essa meta", assumiu.
"Tenho uma forte convicção que agora, com a decisão que a DGS teve, vamos 'retirar mais água à piscina', vamos conseguir vacinar mais pessoas e conseguir atingir a tal imunidade de grupo porque temos mais pessoas para vacinar. Vacinando acima de 85 a 90% da população muito provavelmente vamos conseguir atingir essa imunidade de grupo e o que estamos a tentar fazer é conseguir isso o mais rapidamente possível", explicou, elaborando que o que é pretendido "é que o processo corra o mais rapidamente possível, para que proteja o mais rapidamente possível os portugueses, para que possamos ter a nossa vida recuperada outra vez, a nossa economia recuperada, mas para que também não morram pessoas com este vírus e que as doenças sejam estatisticamente muito baixas e que as coisas corram bem".
O vice-almirante recordou ainda que "todos nós temos de fazer este último esforço para dar a última pancada ao vírus. Já demos muita pancada ao vírus com a vacinação, mas falta uma última que depende dos jovens, que têm de comparecer aos centros de vacinação".
"Ainda temos de vacinar cerca de 1,5 milhão de primeiras doses, não é de segundas. Ainda temos um processo que não vai ser muito longo, mas vai ser árduo", disse.
Gouveia e Melo está convicto de que "se todos fizermos o que temos de fazer, até fins de setembro, vamos recuperar quase a totalidade da nossa liberdade e vamos ter um país diferente, não vamos ter um país refém de um vírus".
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