O Ministério da Saúde revela, em comunicado enviado às redações, os dados provisórios do movimento assistencial no Serviço Nacional de Saúde (SNS) até junho, vincando desde logo que "o acompanhamento da atividade assistencial não-Covid-19 e a sua coexistência com as necessidades assistenciais decorrentes da pandemia tem sido uma das preocupações essenciais ao longo dos últimos 16 meses".
No que à atividade assistencial nos Cuidados de Saúde Primários diz respeito, informa a tutela que "foram feitas mais 3.451.439 consultas médicas totais (+ 23,3%) e que, no mesmo período, face a junho de 2019, esse aumento foi de 2.307.756 consultas (+14,5%)".
Em simultâneo aumentaram também "as consultas de enfermagem e de outros técnicos de saúde".
Já nos hospitais, e de acordo com os dados (provisórios) divulgados pelo ministério de Marta Temido, "face a junho de 2020, demonstram que foram feitas mais 911.708 consultas médicas totais (+17,0%)".
Quanto a cirurgias foram, até junho, "realizadas mais 94.687 cirurgias (+37,0%)", destacando-se, aliás, "já uma ligeira recuperação, com um aumento de 12.568 consultas médicas e de 457 intervenções cirúrgicas" face ao 1.º semestre de 2019.
Mais, refere a tutela, é também "assinalável a evolução de atividade no âmbito dos três rastreios oncológicos de base populacional (mama, colo do útero e cólon e reto), com o aumento generalizado das taxas de cobertura geográfica ao nível dos Agrupamentos de Centros de Saúde e suas Unidades Funcionais".
No 1.º semestre de 2021 e face ao mesmo período de 2020, "o aumento de utentes convidados (cancro da mama com + 124.963 mulheres convidadas, cancro do colo do útero com + 41.391 mulheres convidadas, e cancro do cólon e reto com +195.547 utentes convidados) e de utentes rastreados (cancro da mama com + 84.379 mulheres rastreadas, cancro do colo do útero com + 44.800 mulheres rastreadas, e cancro do cólon e reto com +78.924 utentes rastreados)".
"Considerando que em janeiro e fevereiro de 2021 se observaram os números mais elevados de necessidade de utilização dos recursos do SNS para tratamento de doentes Covid-19, os dados aqui referidos demonstram, claramente, o percurso de recuperação efetuado e o alinhamento com a atividade de 2019, ano em que se verificou o mais elevado volume de produção no SNS", conclui o Ministério da Saúde, não deixando de sublinhar que estes números resultam também "do esforço e empenho dos profissionais de saúde".
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