Filipe Froes. "Variante Delta é um upgrade da pandemia"

Agora, nas palavras do pneumologista, "estamos com uma pandemia diferente da pandemia inicial". E mais: "Nós não conseguimos ter imunidade de grupo total para a variante Delta. Qual é a alternativa? Continuar a vacinar".

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Notícias ao Minuto
16/08/2021 23:47 ‧ 16/08/2021 por Notícias ao Minuto

País

Covid-19

O pneumologista Filipe Froes esteve, esta segunda-feira à noite, na TVI24, onde comentou a forma como a pandemia da Covid-19 está, neste momento, a afetar o nosso país. O especialista começou por comentar a vacinação dos mais novos, que ocorreu este fim de semana, fazendo um "balanço extremamente positivo"

"Assistimos a dois acontecimentos que pensava que seriam impossíveis de ocorrer num país civilizado: foi o insulto ao vice-almirante Gouveia e Melo e [...], hoje, a vandalização ao centro de vacinação contra a Covid na Azambuja", assinalou, destacando que assistimos, "paralelamente, à resposta dos jovens que foi claríssima: a adesão à vacina". 

"Fico satisfeito porque as futuras gerações do meu país souberam estar à altura e souberam responder a este insulto infame", frisou. 

Na mesma intervenção, Filipe Froes indicou ainda que "a variante Delta é um upgrade da pandemia", sendo que "agora estamos com uma pandemia diferente da pandemia inicial". "A eficácia da vacina diminuiu, grosso modo, para 87,5%. Isto quer dizer que, em cem pessoas vacinadas, nós vamos ter 12,5% que se podem infetar". 

Entre os dados do Centers for Disease Control and Prevention (CDC) que apresentou, o pneumologista referiu que "a vacina protege em oito vezes a infeção". Assim, "o que nós temos é uma vacina extremamente eficaz na prevenção da infeção da doença, que ainda é mais eficaz na prevenção da gravidade"

Já sobre uma eventual imunidade de grupo, o raciocínio "tem de ser adaptado à variante Delta", uma vez que esta é "mais transmissível em 60%". "Nós não conseguimos ter imunidade de grupo total para a variante Delta. Qual é a alternativa? Continuar a vacinar. O que temos de fazer é continuar a vacinar para proteção individual e proteção de grupo. Não temos imunidade de grupo, mas temos proteção de grupo". 

De recordar que Portugal reportou, nas últimas 24 horas, mais onze mortos e 1.135 novos contágios relacionados com a Covid-19. O número de pacientes internados em enfermaria voltou a subir (mais 24), sendo agora 768, com 154 pessoas nos Cuidados Intensivos (menos 3 do que ontem). No total, o país passa a contabilizar, desde o início da pandemia, 1.004.470 infetados e 17.573 mortos relacionados com o novo vírus. 

Quanto à atualização desta segunda-feira da matriz de risco, Portugal continua na 'zona laranja' do mecanismo de avaliação da gravidade da situação epidemiológica. 

[Notícia atualizada às 00h00]

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