"Já vacinámos 81,6% da população. Vamos encurralar o vírus"

O vice-almirante Gouveia e Melo antecipa que Portugal deverá chegar aos 85% de vacinados na próxima semana. 

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Filipa Matias Pereira
25/08/2021 10:41 ‧ 25/08/2021 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

O vice-almirante Gouveia e Melo anunciou, na manhã desta quarta-feira, de visita ao centro de vacinação da Guarda, que Portugal já ultrapassou os 80% da população vacinada e que deverá alcançar a meta dos 85% na próxima semana. 

"Já vacinámos mais de 80% da nossa população, quando outros países mais ricos, com mais capacidades não o conseguiram fazer. Nós somos um povo extraordinário, esclarecido, que tem um saber e uma cultura muito enraizada e estou convencido que vamos encurralar o vírus que é tirar-lhe toda a capacidade de manobra, toda a água para ele nadar", disse o coordenador da Task Force. 

Henrique Gouveia e Melo detalhou, ainda, que já "vacinámos 81.6% da população, no fim desta semana chegaremos aos 83/84%, e na próxima semana atingiremos, com a ajuda dos portugueses, 85 ou 86%. E o processo em termos de primeiras doses está completo, depois é o processo de segundas. Foram os portugueses que conseguiram isto".

O responsável aproveitou para deixar uma palavra de agradecimento e de reconhecimento a todos os envolvidos no processo de vacinação. "Muitas vezes sou elogiado e acho que são elogios a mais porque, na verdade, foi o sistema. Eu fui o reagente que ajudou o sistema", vincou.

Já ontem, recorde-se, o vice-almirante tinha adiantado que o país estava com "80% de primeiras doses" e "entre 72% e 73% de segundas doses". 

Depois de a Direção-Geral da Saúde (DGS) ter adiantado que a vacinação a 9 e 10 de agosto no Centro de Vacinação do Queimódromo, no Porto, onde houve problemas de refrigeração, é "válida", Henrique Gouveia mostrou-se "muito contente pelo menos com este primeiro desfecho". 

"O Queimódromo tinha três fases de análise", sendo que a primeira dizia respeito à "consequência sobre as pessoas. Depois são as fases procedimentais que estão a ser esclarecidas para que não volte a acontecer. Essa primeira fase foi ultrapassada e graças a Deus sem obrigar as pessoas a serem outra vez vacinadas", disse. 

O responsável pela Task Force não revelou se o centro de vacinação em causa vai reabrir, salvaguardando que precisa "de resultados concretos não de impressões" para tomar uma decisão. "Preciso de um relatório que me diga claramente o que falhou para poder tomar medidas mitigadoras. Não estamos aqui para castigar ninguém, mas sim para servir os portugueses". 

Sobre um reforço vacinal, Gouveia e Melo reiterou que a "Direção-Geral da Saúde (DGS) elencou um conjunto de pessoas que, graças às suas características, de frangibilidade relativamente ao sistema imunitário, devem ter dose adicional. Esse processo está a decorrer". 

Questionado se será necessário constituir uma Task Force para administrar terceiras doses a esta faixa da população, o coordenador da vacinação disse que, segundo a sua estimativa, haverá cerca de 100 mil pessoas a receber o reforço vacinal (caso seja aprovado) e "não é preciso uma Task Force para vacinar 100 mil pessoas. O sistema de saúde tem capacidade". 

No que há vacinação dos jovens diz respeito, Gouveia e Melo deixou um apelo: "Há Casa Aberta, vai haver um fim de semana específico, e depois há Casa Aberta outra vez. Peço aos pais que aproveitem essa flexibilidade para vacinar os vossos filhos. É dar-lhes liberdade para terem um ano letivo sem grandes dificuldades".

Leia Também: AO MINUTO: "Estou convencido que vamos encurralar o vírus"

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