Portugal está na iminência de alcançar o marco de 75% da população com a vacinação completa, anunciou, esta sexta-feira, o secretário de Estado da Saúde, Diogo Serras Lopes, numa visita ao Centro de Vacinação de Paredes, em Lordelo.
"Estaremos razoavelmente perto de atingir os 85% de população vacinada com a primeira dose, sendo que estaremos, nas duas doses, muito perto dos 75%", vincou o governante.
Embora "estas percentagens variem de dia para dia", Diogo Serras Lopes acredita que "estamos a dias, ou semanas, de atingir o segundo objetivo a que nos propusemos", uma vez que o primeiro, dos 70% de vacinação completa, "já foi atingido há algum tempo".
Questionado se Portugal mantém a expectativa de alcançar os 85% de vacinação completa no final de setembro, o governante responde, sem hesitação: "Claramente, não há grandes dúvidas sobre esse tema. Aliás, atingidos os 85% com a primeira dose, os 85% com duas doses serão atingidos certamente [até setembro] porque o prazo de toma das vacinas que têm duas doses é no máximo de quatro semanas e, portanto, é uma questão matemática".
O secretário de Estado da Saúde aproveitou ainda para destacar que "o processo de vacinação e as metas que foram sendo estipuladas foram cumpridas, embora tenham sofrido alguns atrasos com a entrega de vacinas". Com efeito, aos olhos de Serras Lopes, "foi um trabalho excecional do Serviço Nacional de Saúde na inoculação de todas estas pessoas. A grande lição que se pode tirar daqui é que, quando trabalhamos juntos, todas as coisas são possíveis".
Sobre a adesão dos jovens à inoculação contra a Covid-19, os dados disponíveis evidenciam que "estamos a atingir percentagens altas entre os 12 e os 18 anos. Há claramente uma vontade das pessoas se vacinarem. Vacinar-se é bom para a pessoa e para toda a gente", vincou.
Diogo Serras Lopes não avançou com uma data limite para o encerramento dos centros de vacinação, lembrando que a vacinação contra a Covid-19 começou por ser feita "nos centros de saúde" e só depois foram abertos os "centros de vacinação. Neste momento, essa necessidade [de vacinar a população em massa] não vai existir".
"Não sabemos o que vai ser decidido a seguir, mas ao que sabemos hoje, essa necessidade não existe neste momento. É normal que os centros de vacinação deixem de existir e a vacinação passe a ser feita onde sempre foi", frisou.
Se as autoridades de saúde portuguesa derem 'luz verde' à inoculação da terceira dose de forma universal (e não apenas à população imunodeprimida), "todas as questões estão preparadas", assegurou o secretário de Estado. "O que for necessário fazer, certamente faremos. Se existir a necessidade de [administrar] a terceira dose a um número significativo de pessoas, certamente as estruturas serão expansíveis. O que sabemos é que o que fizemos agora, dar 14 milhões de vacinas num espaço de oito meses, isso não será certamente necessário tão cedo".
O Governo vai gastar 11 milhões de euros na aquisição de testes rápidos de antigénio para as escolas e, de acordo com Diogo Serras Lopes, esta despesa diz respeito ao rastreio que vai ser realizado "na abertura do ano letivo, para termos mais confiança relativamente à afluência da escola e para termos um ano letivo com mais normalidade e menos receio. O rastreio é uma segurança extra".
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