Covid: Do "positivo" ao "pior". Quais os três cenários traçados pela DGS?
O pior cenário é aquele em que surge uma nova variante que venha a colocar "desafios". "Nem todas as variantes são competentes para destronar a que está a circular, mas pode acontecer uma variante com capacidade de se transmitir ainda mais do que a Delta e, eventualmente, escapar ao efeito da imunidade anterior, quer a imunidade vacinal, quer a imunidade conferida pela doença", afirmou Graça Freitas.
© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images
País Pandemia
A diretora-geral de Saúde, Graça Freitas, explicou este domingo, em entrevista à SIC Notícias, que estão a ser preparados três cenários distintos na preparação dos próximos meses no que toca à pandemia.
O "bom cenário" pressupõe que "as coisas se comportarão como agora, ou seja, com uma tendência estável decrescente da atividade pandémica no nosso país, em que a variante Delta tem 100% de domínio".
E, portanto, "o cenário mais plausível, se nada se alterar, será [caraterizado] por uma tendência parecida" com a atual, em que a população está imunizada, não há novas variantes e a vacina não perde a sua efetividade.
Um segundo cenário acontecerá se se registar "uma subida lenta de casos porque a vacina pode ir perdendo o seu efeito ao longo do tempo, mas ainda sem uma nova variante". "Este será um cenário de mais casos, provavelmente mais casos ligeiros do que graves".
O terceiro é "o cenário pior" - "que não está posto fora de questão", frisou a responsável - acontecerá se existir uma nova variante que "venha colocar desafios" ao estado atual do país, em que uma grande percentagem da população está vacinada e imunizada.
Questionada sobre se essa variante pode ser a Mu, Graça Freitas disse que "pode ser uma qualquer". "O que sabemos é que os vírus sofrem mutações frequentes, e que essas mutações vão dando origem a variantes. Nem todas são competentes para destronar a que está a circular, mas pode acontecer uma variante com capacidade de se transmitir ainda mais do que a Delta e, eventualmente, escapar ao efeito da imunidade anterior, quer a imunidade vacinal, quer a imunidade conferida pela doença", explicou.
Neste terceiro cenário, a preocupação das autoridades responsáveis será a "pressão" hospitalar ao nível dos casos graves em Unidades de Cuidados Intensivos. "O pior cenário prevê realocação de recursos e, eventualmente, mais recursos", admitiu, desejando que este cenário não passe disso mesmo. "Vamos esperar que isso não aconteça. Vamos esperar que, mesmo que surja uma nova variante, a imunidade que fomos adquirindo nos proteja e nos confira aquilo que se chama a imunidade cruzada".
Portugal alcançou hoje a meta de ter 85% da população inoculada com uma dose da vacina contra a Covid-19, um marco assinalado por Graça Freitas. "Devemos todos, enquanto povo, estar bastante orgulhosos", assinalou.
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