Magalhães e Silva renuncia ao Conselho do MP pela defesa de Vieira
Em julho, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) repudiou as declarações do advogado, que criticou a atuação do procurador Rosário Teixeira no processo 'Cartão Vermelho'.
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País Magalhães e Silva
O advogado Manuel Magalhães e Silva renunciou ao lugar que detinha no Conselho Superior do Ministério Público (MP) pela defesa do ex-presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, avança, esta quinta-feira, a TVI24.
Recorde-se que, em 6 de julho deste ano, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) repudiou as declarações de Magalhães e Silva, que criticou a atuação do procurador Rosário Teixeira no processo 'Cartão Vermelho', no qual representa Vieira.
O sindicato lembrou os deveres de sigilo e reserva previsto no estatuto dos magistrados e vincou que essa conduta é extensível aos membros do Conselho Superior, apelando a "uma posição de firme repúdio" da Procuradora-Geral da República, Lucília Gago.
Segundo o SMMP, o advogado do ex-presidente do Benfica pronunciou-se "repetidamente e perante diversos órgãos de comunicação social" sobre o processo que ainda está em fase de inquérito e "emitiu juízos depreciativos sobre a conduta profissional e processual" do procurador responsável pela operação 'Cartão Vermelho', sublinhando ainda a divulgação pública por Magalhães e Silva de uma diligência processual sob segredo de justiça.
A entrevista do advogado do ex-presidente do Benfica à TVI, nesse mesmo mês, terá sido a principal causa da insatisfação do SMMP, já que durante cerca de 20 minutos comentou não apenas as opções que o principal arguido do processo 'Cartão Vermelho' teria para o seu futuro imediato, mas também alguns dos factos relatados na acusação do MP e a estratégia adotada para a investigação.
"Há um padrão de investigação criminal da dupla Rosário Teixeira [procurador]/Paulo Silva [inspetor tributário] na sua relação com o juiz Carlos Alexandre. É um padrão que critico profundamente e que constitui o maior descrédito que se pode lançar sobre a investigação. Em quantas situações há tanto alarido à volta de uma detenção e depois o que acontece? É como Miguel Macedo ou Azeredo Lopes", referiu, em alusão aos dois ex-governantes que foram investigados nos processos dos 'vistos gold' e de Tancos, respetivamente, e acabaram por não ser condenados.
[Notícia atualizada às 12h17]
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