Sampaio: Universidades destacam papel na integração de estudantes sírios

Universidades portuguesas manifestaram hoje pesar pela morte do antigo Presidente da República Jorge Sampaio, destacando o seu papel na integração de migrantes sírios no ensino superior português.

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Lusa
10/09/2021 18:48 ‧ 10/09/2021 por Lusa

País

Jorge Sampaio

 

As universidades portuguesas lamentaram a perda de "uma figura maior" e de "uma referência" para a sociedade portuguesa com a morte, hoje, de Jorge Sampaio, que criou e presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios.

Para o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, "Portugal perdeu esta sexta-feira um nome maior da sua história coletiva, uma referência democrática e humanista que sempre ousou fazer a diferença, das justas lutas estudantis dos anos 60 ao trabalho meritório para oferecer oportunidades académicas a jovens refugiados".

O reitor da Universidade Nova de Lisboa, João Sàágua, referiu-se a Jorge Sampaio como um "grande humanista" que "dedicou a vida à causa pública e à defesa do bem comum", enquanto a reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas, considerou o antigo chefe de Estado "um estadista do diálogo entre culturas e religiões e do respeito pelos Direitos Humanos".

"A personalidade única" de Sampaio tornou-se "incontornável na nossa história", de acordo com o reitor da Universidade de Aveiro, Paulo Jorge Ferreira, nomeadamente porque o político socialista considerava que "o conhecimento, a criatividade e a inteligência determinam a riqueza dos povos e nações".

"Além de um extraordinário Presidente da República e de uma figura marcante da história da nossa Democracia, Jorge Sampaio merece ser lembrado pela sua postura intransigente na defesa dos mais desprotegidos do nosso mundo", frisou o reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.

Em comunicado, a Universidade do Porto lembra que Sampaio a escolheu para anunciar publicamente a criação do Mecanismo de Resposta Rápida para o Ensino Superior nas Emergências, que servirá de base ao apoio a estudantes em situação de emergência por todo o mundo.

Instituições como a Universidade Nova de Lisboa, a Universidade de Évora e a Universidade do Algarve congratulam-se por terem recebido estudantes sírios no âmbito da plataforma fundada por Sampaio em 2013.

Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Leia Também: Jorge Sampaio: Velório no sábado, homenagem e funeral no domingo

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