Passos Coelho recordou "a estima e consideração" que tinha por Sampaio

O antigo primeiro-ministro fez-se acompanhar pela ex-presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e o presidente da Câmara de Oeiras Isaltino Morais. Jorge Sampaio morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz.

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Sara Gouveia
11/09/2021 20:19 ‧ 11/09/2021 por Sara Gouveia

País

Jorge Sampaio

Vários são os portugueses que continuam a despedir-se de Jorge Sampaio, no Picadeiro Real (antigo Museu Nacional dos Coches), junto ao Palácio de Belém, onde decorre o velório. Ao final da tarde, entre os presentes estiveram o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, a ex-presidente da Assembleia da República Assunção Esteves e o presidente da Câmara de Oeiras Isaltino Morais.

Ainda na fila, as três figuras políticas deixaram algumas palavras aos jornalistas para recordar o antigo Presidente da República.

Pedro Passos Coelho

“O que me traz aqui, como não será difícil de adivinhar, é a intenção de prestar uma homenagem sentida ao Dr. Jorge Sampaio e transmitir as minhas sentidas condolências. Dar conta, como já fiz por escrito, da estima e da imensa consideração que tinha pela figura do Dr. Jorge Sampaio”, começou por dizer Passos Coelho, recordando Sampaio como "uma pessoa de extrema afabilidade e simpatia, mas sobretudo uma pessoa muito empenhada, quer no plano nacional, quer no plano internacional, com objetivos de natureza cívica".

“A sua memória deixará saudades no país”, garantiu.

Questionado sobre o facto de nem sempre ter sido uma figura consensual para governos do PSD - aludindo ao facto de Sampaio ter dissolvido um governo social-democrata, Passos Coelho referiu que “hoje não creio que seja tempo para recordar esse tipo de episódios" e que “as pessoas são pessoas no seu todo. Todos temos coisas no nosso passado que são mais polémicas, outras menos. Não é isso que sobressai hoje e não seria isso que eu gostava de fazer sobressair".

Assunção Esteves

A acompanhar o antigo primeiro-ministro estava também Assunção Esteves, ex-presidente da Assembleia da República, que recordou ter conhecido Sampaio quando ainda estava a fazer o estágio de advocacia.

“O escritório dele era mesmo ao lado do escritório onde fiz o estágio" e "já nessa altura era muito solícito comigo. Notei logo que era uma pessoa generosa", começou por dizer, referindo ter convivido com o antigo Presidente "muito mais tarde, no Conselho de Estado" e quando esteve na Assembleia da República.

Assunção Esteves recordou ainda Sampaio como alguém que “ligava o coração ao pensamento” e "esse é o futuro". "Não é por acaso que estão aqui tantas pessoas“, rematou.

Isaltino Morais 

O presidente da Câmara de Oeiras contou aos jornalistas ter recebido a notícia da morte de Jorge Sampaio "com profunda tristeza", que diz recordar como "um homem justo".

“Tive a oportunidade e o privilégio de trabalhar e conviver com ele durante alguns anos”, disse, acrescentando que "nessa altura" percebeu que era “um homem com grandes preocupações ao nível do planeamento, da construção do futuro, com preocupação com as  pessoas”. 

Para Isaltino Morais, Sampaio foi um "democrata antes de Portugal ser uma democracia”. Preocupava-se com "as liberdades, com os direitos fundamentais, mas sobretudo com as pessoas e com o futuro”, "acho que é um político exemplar", considerou.

Jorge Sampaio, antigo secretário-geral do PS (1989/1992) e Presidente da República (1996/2006), morreu na sexta-feira, aos 81 anos, no Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, Oeiras, onde estava internado desde 27 de agosto, na sequência de dificuldades respiratórias.

O Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e segunda-feira, e cerimónias fúnebres de Estado. O funeral realiza-se no domingo, antecedido por uma homenagem no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

Leia Também: "Jorge Sampaio, sempre", diz António Guterres

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