"As nossas vidas vão ter de continuar a ser diferentes"
António Costa e Tiago Brandão Rodrigues visitaram esta manhã o Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre. "Podemos ter, finalmente, um ano letivo que podemos encarar com a confiança de poder começar e durar sem sobressaltos", considerou o chefe do Governo.
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País António Costa
"As nossas vidas vão ter de continuar a ser diferentes", assumiu António Costa numa intervenção após uma visita ao Agrupamento de Escolas Dona Filipa de Lencastre, na manhã desta quarta-feira. Acompanhado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, o primeiro-ministro quis começar por dar "uma palavra de agradecimento, agora que estamos a chegar à fase em que, graças à vacinação, podemos começar a encarar a pandemia como estando controlada".
O 'obrigado' do chefe do Governo foi para "todas e todos aqueles que não deixaram a escola parar, mesmo quando a escola teve fisicamente de encerrar para podermos controlar a pandemia".
"Foram momentos muito difíceis, mas a verdade é que houve um esforço extraordinário [...] para que a escola não abandonasse os seus alunos", vincou Costa.
E, neste ponto, o primeiro-ministro fez questão de salientar que "a escola nunca deixou de servir as refeições aos alunos mais carenciados" que delas precisavam "para terem uma alimentação digna ao longo do dia".
"Foi um esforço muito grande dos professores, foi um esforço muito grande das famílias, dos alunos, do pessoal auxiliar. E queria agradecer profundamente, neste momento em que se avizinha que podemos estar definitivamente num ponto de viragem e podemos ter, finalmente, um ano letivo que podemos encarar com a confiança de poder começar e durar sem sobressaltos", adiantou ainda.
Uma "segunda palavra" de António Costa foi de "boa sorte para este ano". Sublinhando que "este não é só mais um ano letivo" e que "hoje não é só o primeiro dia do resto das nossas vidas", porque "as nossas vidas vão ter de continuar a ser diferentes. Nós vamos continuar a ter as medidas de segurança para evitar que a pandemia se descontrole e temos, sobretudo, de fazer um esforço acrescido para que uma das marcas que a Covid deixou não perdure na nossa sociedade".
O chefe do Executivo realçou, neste ponto, que "todos tivemos consciência" que a "interrupção do ensino presencial aumentou as desigualdades" e "perturbou o desenvolvimento normal das crianças e o processo de aprendizagem normal". "Essa é uma marca que não pode ficar para a vida e que temos de conseguir ultrapassar ao longo dos próximos dois anos letivos", terminou.
[Notícia atualizada às 11h56]
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