Numa altura em que o país se encontra "no fim de uma fase pandémica", com os principais indicadores a revelarem uma tendência decrescente, não se verificam alterações no que toca às variantes existentes no país, continuando a Delta, inicialmente descoberta na Índia, a dominar.
De acordo com o relatório da diversidade genética do SARS-CoV-2 publicado esta terça-feira, a variante Delta (B.1.617.2) apresenta uma frequência relativa de 100% na semana de 6 a 12 de setembro.
Indica o relatório do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) que, do total de sequências da variante Delta analisadas até à data (n=7471), 66 apresentam a mutação adicional K417N na proteína Spike (sub-linhagem AY.1). De sublinhar que não foi detetado qualquer caso associado a esta sub-linhagem desde a semana 33.
Quanto à frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), mantém-se baixa, sendo inferior a 0,5% desde a semana 25. Em particular, é referido no documento, não foi detetado qualquer caso associado à variante Beta desde a semana 29. Relativamente à variante Gamma, após três semanas sem deteção de qualquer caso nas amostragens aleatórias, foram detetados dois casos (não relacionados) na semana 35 nas regiões do Alentejo e LVT.
O INSA faz ainda saber que analisou até à data 16.943 sequências do genoma do coronavírus SARS-CoV-2, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios/hospitais/instituições representando 303 concelhos.
No âmbito da monitorização contínua da diversidade genética do SARS-CoV-2, "têm vindo a ser analisadas uma média de 552 sequências por semana desde o início de junho de 2021. Estas sequências foram obtidas de amostras colhidas aleatoriamente em laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo uma média de 128 concelhos por semana.
Importa referir que, de acordo com os três cenários traçados pela Direção-Geral de Saúde para o outono/inverno, o "mais grave" acontecerá se surgir uma nova variante de preocupação, o que, até ao momento, não se verifica.
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