Estas barracas foram as primeiras a ser demolidas, numa operação que marcou o "início" da "demolição e realojamento das 22 famílias de etnia cigana" residentes nessa zona de Portimão "há mais de três décadas", precisou o município do distrito de Faro num comunicado.
A Câmara de Portimão destacou que as famílias vão passar a "ocupar temporariamente casas modulares localizadas na zona do Vale da Arrancada" e, "nas próximas semanas, o processo de demolição irá continuar, de forma faseada".
A demolição e realojamento das famílias vai prosseguir "à medida que as casas modulares forem instaladas, com ligação de água e luz", dotando os agregados familiares de "condições adequadas" para realizar a mudança, acrescentou a mesma fonte.
Após a partida das famílias para a casa modular, "a barraca onde residem será demolida de imediato", frisou o município de Portimão.
A Câmara algarvia anunciou ainda que colocou "uma equipa técnica" a "acompanhar no terreno o processo de realojamento e integração das famílias na sua nova morada temporária".
Entre as tarefas atribuídas a estes profissionais está a prestação de "todo o apoio a nível da formação e acompanhamento na gestão da economia doméstica" e a criação de "uma relação de proximidade com estas famílias", contribuindo para serem "posteriormente inseridas na comunidade".
"A demolição em curso das barracas vem agilizar a obra do Parque Urbano Verde do Mercado, que decorre junto à Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, Mercado Municipal e Bombeiros Voluntários de Portimão, um dos centros nevrálgicos da cidade", realçou ainda aquela autarquia.
O município recordou que a construção do Parque Urbano Verde do Mercado "iniciou a primeira fase em abril" e prevê a "construção de um parque de estacionamento ordenado na zona sul, com capacidade para mais de 100 veículos automóveis".
"Na zona norte, onde se encontram as barracas que agora começaram a ser demolidas, vai ser criado um anfiteatro ao ar livre, com espaços verdes, sendo colocadas em exposição as cantarias manuelinas da antiga Quinta dos Morais, a par da recuperação de uma nora algarvia, intervenção que representa a segunda etapa do projeto", antecipou.
A Câmara de Portimão reconheceu ainda que esta segunda fase "sofreu algum atraso" e justificou esse adiamento com a necessidade de realizar um segundo concurso, depois de o primeiro "ter ficado deserto".
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