"Neste momento, ao dia de hoje, das 3 milhões de doses que dissemos em julho que doaríamos aos PALOP e Timor-Leste, estão entregues 1,217 milhões de doses de vacinas, contando com o lote entregue na terça-feira a Moçambique e com o que chegará hoje a Angola", disse Augusto Santos Silva, à margem da assinatura de um protocolo com a TAP, que permitirá o transporte gratuito em voos comerciais destas vacinas.
"O programa começou em maio deste ano, com Cabo Verde, e neste momento todos os PALOP e Timor-Leste estão a receber vacinas, sendo que ao Brasil o apoio foi dado em forma de medicamentos e outros materiais de tratamento no período mais crítico da pandemia ao abrigo deste programa que se estende até 2022", acrescentou o governante.
O programa de doação de vacinas aos países africanos lusófonos e ao Brasil e Timor-Leste, entre outros, "inscreve-se num esforço nacional que o Governo definiu desde o início do combate à pandemia, no primeiro semestre de 2020", que se traduziu em vacinar a população portuguesa e, em paralelo, doar vacinas aos parceiros tradicionais da cooperação nacional.
Questionado pela Lusa sobre se a Guiné Equatorial também recebeu vacinas ou apoio de Portugal, o ministro respondeu: "a Guiné Equatorial encontra-se entre os PALOP e está envolvida neste programa mas, primeiro, é um país de reduzida dimensão que tem um programa de vacinação mais avançado que outros países e, em segundo lugar, naturalmente começamos por privilegiar os países parceiros da nossa cooperação com os quais temos uma prática e logística de cooperação que permite ser mais efetivo na deslocação e distribuição de vacinas".
"É natural que nos países com quem temos uma logística de cooperação instalada o processo seja mais simples e, portanto, prioritário", disse.
O acordo foi assinado esta manhã entre a TAP e o Camões - Instituto da Cooperação e da Língua, e prevê o transporte gratuito em voos comerciais de materiais e vacinas de Portugal para os países destinatários desta ajuda.
A covid-19 provocou pelo menos 4.752.875 mortes em todo o mundo, entre 232,27 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
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