A campanha arranca na data em que se celebra o Dia Internacional do Idoso.
A iniciativa, que acontece pelo segundo ano consecutivo, "destina-se a sensibilizar todos os idosos, os seus cuidadores e familiares, para a necessidade, segurança e eficácia da vacinação contra diversas infeções, com destaque nesta altura do ano para a gripe e a pneumonia, na população idosa", informa o comunicado enviado à Lusa.
"A Direção Geral de Saúde (DGS) já recomenda a vacinação de alguns doentes crónicos e imunodeprimidos contra a doença pneumocócica invasiva e a pneumonia pneumocócica, mas, pela elevada suscetibilidade dos idosos a estas infeções e a sua potencial gravidade, consideramos importante expandir esta recomendação a todos os idosos, com ou sem doenças associadas", afirma o responsável da campanha, Paulo Almeida, na nota.
Esta campanha assinala a importância das vacinas antipneumocócicas, da vacina contra a Zona, contra o tétano e a difteria - a única incluída no Programa Nacional de Vacinação para idosos -, e contra a gripe - recomendada anualmente pela DGS para os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos.
Paulo Almeida esclarece que "os idosos são mais suscetíveis às infeções devido à diminuição progressiva da resposta imune com o envelhecimento associada às comorbilidades e síndromes geriátricas, pelo que sem programas específicos de vacinação, as doenças infecciosas continuarão a ter um impacto muito negativo nesta população nas próximas décadas".
"O aumento da esperança de vida justifica uma cuidadosa adaptação das recomendações vacinais à terceira idade, tendo por base uma melhor compreensão das razões subjacentes à baixa taxa de cobertura, bem como um melhor conhecimento da imuno-senescência", destaca o documento, sublinhando que como "para os idosos não tem havido um plano de vacinação específico", tem havido uma "baixa taxa de cobertura vacinal neste escalão etário".
"As vacinas atualmente disponíveis têm um potencial suficiente para baixar o peso das doenças infecciosas nos idosos, independentemente de viverem no domicílio ou em instituições, prevenindo internamentos hospitalares e a deterioração funcional com subsequente diminuição da qualidade de vida", acrescenta.
A título de exemplo, o NEGERMI indica que "as infeções do trato respiratório inferior são a quarta causa de morte nos países desenvolvidos, sendo três vezes mais frequentes acima dos 60 anos", e que "o tétano ainda aparece em muitos países, incluindo Portugal, especialmente na população acima dos 50 anos".
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