Num texto intitulado 'A Liberdade do Próximo', esta quarta-feira publicado, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Rádio e Televisão de Portugal (RTP) defende que quem recusou ser vacinado contra a Covid-19 "não deve ser admitido" em locais fechados de "utilização coletiva".
A nota começa por frisar que agora, numa altura em que "a pouco e pouco" vamos "regressando do teletrabalho" e em que "nos vamos encontrando novamente a partilhar os mesmos espaços", tem "importância saber se quem trabalha ao nosso lado se fez vacinar ou não".
"E, a título preemptivo, convém lembrar um princípio fundamental, que vale em todo o mundo, em todo o país e também na RTP: a liberdade de cada um ou cada uma de nós acaba onde começa a liberdade do próximo", destaca-se.
A CT recorda, em seguida, que "a vacinação não é obrigatória e quem não quis vacinar-se pode invocar um princípio de liberdade individual para justificar essa recusa". Contudo, defende, "ninguém que tenha recusado vacinar-se pode impor a sua presença em espaços fechados a colegas que se vacinaram, para proteção própria e para proteção alheia".
A Comissão de Trabalhadores da RTP vai mais longe, asseverando que, "em caso de conflito, deve prevalecer a defesa do coletivo, que se vacinou e que não tem obrigação alguma de tolerar a presença de uma minoria que, em nome da sua própria obstinação negacionista, pode comprometer as precauções tomadas por todos".
E vinca: "Quem recusou a vacinação não deve ser admitido em espaços fechados de utilização coletiva".
Recorde-se que, de acordo com o mais recente relatório de vacinação contra a Covid-19, divulgado esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), 87% da população portuguesa (8,9 milhões de pessoas) recebeu a primeira dose das vacinas. Já 84% da população (8,7 milhões de pessoas) concluiu a vacinação.
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