“Na Nação obcecada pelo futebol, os estádios estão novamente cheios”. É assim que começa a reportagem do The Wall Street Journal sobre o sucesso da vacinação contra a Covid-19 em Portugal e a forma como o nosso país lida agora com a pandemia depois de, no início do ano, ter sido “devastado” pela variante Delta.
Lembra o jornalista Eric Sylvers que Portugal tem agora a maior taxa de vacinação contra o SARS-CoV-2 da Europa e “oferece o vislumbre de um país que tenta enfrentar o que parece, cada vez mais, um vírus endémico”.
Apesar da maior parte das medidas terem sido já aliviadas, recorda ainda Eric, os adeptos precisam de apresentar o certificado de vacinação, recuperação ou teste negativo antes de entrar nos estádios. E as máscaras são obrigatórias. Algo que acontece ainda em vários locais públicos.
“Em alguns aspetos, a vida em Lisboa continua a ser semelhante aos dias em que a pandemia foi mais violenta”, “os desinfetantes são omnipresentes” e, em alguns locais, como nas igrejas, ainda há bancos onde é proibido sentar para manter a distância física, embora isso já não seja obrigatório.
Ao mesmo tempo que isso acontece, descreve o jornalista, as carruagens de metro andam lotadas, os tuk-tuk viajam cheios de turistas pelas ruas estreitas do centro histórico da cidade, e a vida noturna “pulsa” durante toda a semana.
Para o The Wall Street Journal, “o cauteloso retorno de Portugal à normalidade, apesar de uma taxa de vacinação que causa inveja aos agentes de saúde pública em todo o mundo, está a ser visto como um caminho a seguir por outros países, à medida que o processo de vacinação evolui e as restrições são abandonadas”.
Garante ainda o jornal norte-americano que a abordagem portuguesa “contrasta com a realidade do Reino Unido, onde uma combinação de menos pessoas vacinadas com quase nenhuma restrição levou a mais um surto de casos de infeção e um aumento da taxa de mortalidade”.
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