Esta sexta-feira foi divulgado o mais recente relatório de Monitorização das Linhas Vermelhas para a Covid-19 elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), que estima que, a manter-se o crescimento na incidência de casos a nível nacional, o limiar de 240 casos em 14 dias por 100 mil habitantes pode ser ultrapassado no espaço de um a dois meses.
O documento refere que nos últimos 14 dias o número acumulado de novos casos de Covid-19 por 100 mil habitantes foi de 98 casos, com "tendência crescente a nível nacional".
A mortalidade - 7,6 óbitos por um milhão de habitantes - apresenta "uma tendência estável a decrescente, o que revela um impacto reduzido da pandemia em termos de mortalidade".
Um dos dados que merece relevo neste relatório prende-se com a ocupação das Unidades de Cuidados Intensivos nos hospitais. O número de pacientes com Covid-19 internados em UCI em Portugal Continental "revelou uma tendência crescente, correspondendo a 24% (na semana anterior foi de 23%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas".
De acordo com o relatório da DGS e do INSA, a análise dos diferentes indicadores relacionados com a pandemia assinala uma "atividade epidémica de SARS-CoV-2 de intensidade reduzida, com tendência crescente a nível nacional".
No mesmo sentido, o relatório desta sexta-feira adverte que, embora a pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade sejam reduzidos, existe uma "possível inversão de tendência e início de fase de crescimento nos internamentos em UCI".
"A avaliação na próxima semana servirá para confirmar a possível inversão de tendência e início de fase de crescimento com impacto na pressão nos serviços de saúde", assinalam a DGS e o INSA.
O documento informa ainda que a variante Delta (B.1.617.2) continua a ser a variante dominante em todas as regiões de Portugal, com uma frequência relativa de 100% dos casos avaliados na semana de 11 a 17 de outubro.
[Notícia atualizada às 19h36]
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