Leiria. Prisão preventiva para suspeito de tráfico de droga

Um de cinco arguidos detidos numa operação da GNR, suspeito de tráfico de droga, ficou em prisão preventiva, informou a Procuradoria da Comarca de Leiria.

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Lusa
11/11/2021 07:56 ‧ 11/11/2021 por Lusa

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Tráfico

Uma operação do Comando Territorial de Leiria da GNR, através do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Pombal, que decorreu no dia 04, levou à detenção de cinco pessoas indiciadas da prática dos crimes de lenocínio, auxílio à imigração ilegal e tráfico de estupefacientes.

De acordo com a informação, existem fortes indícios de que, no início do mês, um dos arguidos, de comum acordo com outros dois, ter-se-á deslocado a Espanha, "onde comprou cerca de 10 quilos de resina de canábis para posterior revenda a terceiros, mediante contrapartidas monetárias", refere uma nota publicada na página da Procuradoria da República da Comarca de Leiria.

O arguido transportou depois a resina de canábis para a residência dos outros dois, onde os três a dividiram, separaram e esconderam, tendo o primeiro levado uma parte consigo, com destino à zona de Ansião.

No decurso das buscas domiciliárias e não domiciliárias foram apreendidos cerca de 11,5 quilos de resina de canábis, vários telemóveis e 1.070 euros em dinheiro, lê-se na nota da página do Ministério Público (MP), que esclarece que estes três arguidos têm 33, 36 e 64 anos.

Após serem sujeitos a primeiro interrogatório, a juiz de instrução criminal determinou que um dos detidos ficasse sujeito à medida de coação de prisão preventiva.

"Esse arguido já havia sido condenado, pela prática de vários crimes de tráfico de estupefacientes, na pena única de 12 anos de prisão, que parcialmente cumpriu, encontrando-se em liberdade condicional".

Os outros dois arguidos ficaram proibidos de contactarem com pessoas ou frequentarem locais conotados com a venda, compra e consumo de produtos estupefacientes. Também estão proibidos de contactar com os outros dois arguidos.

Os outros dois arguidos, com 49 e 45 anos, estão indiciados da prática dos crimes de lenocínio e auxílio à imigração ilegal, refere a mesma informação.

Os factos foram cometidos, "de comum acordo, pelos dois primeiros detidos, desde o princípio de 2020 até ao início de novembro de 2021, consistindo na exploração sexual, através da prostituição e alterne, de mulheres, algumas das quais em situação ilegal em território nacional, a troco de dinheiro, num estabelecimento comercial que geriam, na zona de Ansião", refere o MP.

A juiz de instrução criminal determinou que um arguido ficasse sujeito à medida de coação de obrigação de permanência na habitação, com recurso a vigilância eletrónica, sendo que, até à sua implementação, o mesmo aguardará em prisão preventiva.

O arguido fica ainda proibido de contactar, por qualquer meio, com as mulheres que trabalharam no seu estabelecimento.

Segundo a página do MP, esse arguido já havia sido condenado "pela prática dos crimes de roubo e de tráfico de estupefacientes, na pena única de 11 anos e 6 meses de prisão, que parcialmente cumpriu, encontrando-se em liberdade condicional".

A arguida está proibida de "permanecer ou frequentar o estabelecimento comercial em causa e outros estabelecimentos conotados com a prática de atividade de alterne e de prostituição".

Está também impedida de "contactar, por qualquer meio, com as mulheres que trabalhavam no estabelecimento" e de "se ausentar para o estrangeiro". Terá de se apresentar perante a entidade policial, duas vezes por semana, devendo entregar o seu passaporte à guarda do Tribunal.

A investigação é dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, com a coadjuvação do Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Pombal.

Leia Também: Operação Miríade. Alegado líder da rede criminosa fica em preventiva

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