O ministro do Ambiente, Matos Fernandes, fez esta quinta-feira um balanço da cimeira do clima em Glasgow, a COP26, perante a finalização do acordo que sairá desta reunião de líderes.
Matos Fernandes defende que "este acordo é essencial e abre a porta para fazer a diferença", e diz não haver "razão para que um país como a China não se comprometa".
"Repito o que disse António Guterres, isto é um passo no caminho certo e estão criadas as condições para que esse caminho seja percorrido", sublinhou.
Matos Fernandes falou ainda do encerramento das centrais de carvão do país e aponta que "Portugal será um dos primeiros países do mundo a deixar de utilizar carvão".
O ministro do Ambiente, recorde-se, está em Glasgow para participar na COP26 e já afirmou que a primeira semana da conferência foi "mais positiva que negativa", com acordos atingidos sobre fim de apoios a novas centrais a carvão, que não foi subscrita pelos Estados Unidos; a redução da produção de metano; e o fim da desflorestação até 2030, "compromissos de grande alcance que têm que ser cumpridos por todas as partes".
A COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta limitar o aumento da temperatura média global do planeta a entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.
Apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, mesmo com a desaceleração económica provocada pela pandemia de Covid-19, segundo a ONU, que estima que, ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7º C.
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