Suspeitos de agredir casal e raptar crianças em Gondomar vão a julgamento

Os nove arguidos acusados de em 2024 terem sequestrado e agredido um casal e raptado duas crianças, netos de uma das vítimas, em Gondomar, foram pronunciados para julgamento, informou a Procuradoria-Geral Regional do Porto (PGRP).

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Lusa
11/01/2025 15:50 ‧ há 3 horas por Lusa

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Gondomar

Numa nota divulgada na sexta-feira na sua página na Internet, a PGRP refere que o despacho do Juízo de Instrução Criminal do Porto, datado de 14 de dezembro de 2024, pronunciou todos os arguidos para julgamento, "nos exatos termos da acusação pública".

 

Os suspeitos foram acusados da prática, em coautoria, de dois crimes de rapto (dos menores), dois crimes de sequestro, dois crimes de roubos, dois crimes de ofensas à integridade física qualificada, dois crimes de ameaça e um crime de dano, e um dos arguidos, também por um crime de detenção arma proibida.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), todos os arguidos, um dos quais ainda se encontra em parte incerta, são familiares da mulher sequestrada e agredida e de um dos suspeitos, ex-marido desta, e dois deles são filhos do casal.

O MP explicou que os arguidos, "sob o comando" do ex-companheiro daquela mulher, engendraram um plano para fazer com que a ofendida voltasse a residir com este arguido, e lhe retirar os netos que ela tinha a seu cargo desde o ano de 2020.

Na sequência desse plano, no dia 06 de fevereiro de 2024, pelas 07:40, os arguidos deslocaram-se à residência das vítimas, em Gondomar, e levaram a cabo "diversos atos de violência, envolvendo ameaças de morte acompanhadas da exibição de armas de fogo e facas, várias agressões físicas, incluindo, murros, pontapés e o corte do cabelo da ofendida e privação, sob ameaça, da liberdade de movimentos das vítimas, com reprodução, em direto, nas redes sociais".

"Nessas circunstâncias, os arguidos abeiraram-se dos menores e levaram-nos à força para o interior de uma das viaturas em que seguiam e fugiram do local", refere o comunicado da Procuradoria.

De acordo com os investigadores, os menores foram mantidos na residência do principal arguido, indocumentados e a pernoitar num espaço com outras 11 pessoas, tendo ali sido encontrados e resgatados no dia 11 de abril, aquando a realização das buscas domiciliárias.

Ao saberem que os ofendidos haviam participado às autoridades policiais, os arguidos voltaram a ameaçar de morte os ofendidos, adianta o MP.

Quatro dos arguidos permanecem sujeitos a prisão preventiva e três a obrigação de permanência na habitação, desde 12 de abril.

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