"Não vejo que em Portugal seja necessário voltar a impor restrições"
Virologista Pedro Simas defende que os níveis de vacinação permitem olhar "com muita tranquilidade" para o novo aumento de casos de Covid-19.
© Global Imagens
País Covid-19
O virologista Pedro Simas não considera que seja necessário voltar a impor restrições em Portugal por causa da Covid-19 e defende que os níveis de vacinação permitem olhar "com muita tranquilidade" para o novo aumento de casos.
"Não vejo que em Portugal seja necessário voltar a impor restrições", afirmou, em entrevista no domingo à TVI24, recusando também a possibilidade de novo confinamento ou medidas extraordinárias na altura de Natal e Ano Novo.
O virologista explica que, tal como tudo indicava no início da pandemia, o vírus passou a comportar-se como todos os outros coronavírus e diz que é preciso que os portugueses compreendam o que é uma endemia e o que é um nível aceitável de infeções de uma endemia.
Pedro Simas indica que, em Portugal, o número de infeções que tem havido está abaixo do número esperado para a altura sazonal: "O que era esperado nesta altura era que houvesse entre cinco mil a 12 mil infeções por dia".
Segundo o especialista, a taxa de vacinação do país permite-nos não ter ainda atingido esses valores, mas "é natural" que, com as primeiras chuvas, "haja um aumento do fluxo de internamentos".
"Sim, vamos ter uma vaga, não só de Covid, mas uma vaga de outros vírus respiratórios, porque estamos na época endémica sazonal", referiu Pedro Simas, que acrescentou que a situação é, agora, distinta.
É uma situação completamente diferente do ano passado. Se no ano passado estávamos a tentar controlar uma vaga com pouco mais de 3% de imunidade populacional, agora temos quase 90% da população com a vacinação completa em Portugal
O virologista admite que, mais do que a Covid-19, preocupa-o os outros vírus, até porque, quanto à SARS-Cov-2, em Portugal "estão a fazer tudo bem feito", nomeadamente administrar doses de reforço à população mais idosa e aos grupos de risco.
"Os números vão subir. Temos de estar atentos, mas não vamos voltar ao passado", concluiu.
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