Numa breve intervenção, ao início da noite desta terça-feira, o Presidente Marcelo comentou os números mais recentes da pandemia no país. "Nós estamos com valores de 1.000 a 1.600 casos, há um ano estávamos com 5.000 a 6.000" e "um número de mortos, que sempre lamentamos, inferior a 20 [quando] há um ano estávamos com 80 mortes".
É, por isso, preciso "esperar pela reunião no Infarmed" na próxima sexta-feira.
Ainda assim, e questionado junto ao Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, sobre se entende que deve ser retomado o uso obrigatório de máscara na rua, o não hesitou: "Isso, claro, isso é evidente".
Mas Marcelo pede, sobretudo, "serenidade" neste momento que, sublinha, não se pode comparar ao ano passado.
"Portanto, vamos ponderar calmamente, serenamente. Temos uma vacinação que não tínhamos. E depois se atuará em conformidade"
A reunião no Infarmed, recorde-se, está prevista para as 15h de dia 19, contando com a participação pela parte política do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, do presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, e de representantes dos partidos com representação parlamentar, bem como especialistas de diferentes áreas da saúde pública.
A última reunião realizou-se no dia 16 de setembro, numa conjuntura em que Portugal registava progressos acentuados na evolução da taxa de vacinação, uma redução da incidência e do índice de transmissão (Rt) da Covid-19.
Agora, e ao contrário da tendência de setembro, esta reunião vai acontecer numa altura em que Portugal regista um crescimento tanto da incidência da doença, como do indicador de transmissão, e ao mesmo tempo que está em marcha o processo de vacinação dos maiores de 65 anos e de profissionais de saúde com uma terceira dose da vacina contra a Covid-19.
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