A arguida, que estava em prisão preventiva, foi condenada a sete anos e quatro meses de prisão pelo crime de incêndio agravado pelo resultado e por um outro crime de incêndio na forma tentada, relativo a outro episódio, em janeiro deste ano, em que ateou um fogo no quarto do seu antigo companheiro.
O Tribunal não deu como provado que tenha sido a arguida, que estava em situação de sem-abrigo, a ser a autora de um incêndio no Hotel Avenida, também no mês de janeiro.
De acordo com a acusação, a 14 de fevereiro, a arguida, de 47 anos, acompanhou um homem até ao seu quarto, na Pensão Lorvanense, onde terão comido e bebido vinho.
Aproveitando a saída momentânea do homem daquele quarto, a arguida ateou um fogo, cujas razões se desconhecem, que acabou por provocar graves estragos em todo o edifício, tendo ficado desalojadas nove pessoas.
Um outro homem, de 73 anos, que residia nessa pensão, acabou por morrer na sequência do incêndio.
Segundo a juíza que presidiu ao coletivo, a arguida, apesar de ter confessado parte dos factos, "não demonstrou qualquer arrependimento", salientando ainda que a mulher tinha problemas de relacionados com o álcool.
"Felizmente, não houve mais mortos, mas podia ter havido", notou a juíza, pedindo à arguida que "aproveite o tempo que está na cadeia para descobrir o rumo que quer dar à sua vida".
No momento em que a juíza se dirigia à arguida, esta começou a responder.
"Agora já está aí a barafustar", disse a juíza, pedindo à arguida para que esta ficasse calada.
Posteriormente, a juíza pediu para ficar registado que a arguida disse: "A senhora acabou de destruir a minha vida, mas pode ser que alguém destrua a sua".
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