O secretário regional de saúde e proteção civil da Madeira, Pedro Ramos, apelou este domingo à responsabilidade de todos para controlar e conter a propagação do vírus SARS-CoV-2, avisando que a região não quer uma pandemia dos não vacinados, como está a acontecer em vários países da União Europeia e nos EUA. "Todos são precisos para conter e controlar a pandemia, e todos devem usar as mesmas armas à disposição", disse, numa conferência de imprensa no Funchal.
O responsável reforçou o apelo ao uso da máscara, à realização de testes e à toma da vacina contra a Covid-19. "Sabemos a importância destas medidas que, outrora já foram tomadas, acompanhadas de confinamentos totais ou parciais que não queremos agora. Por isso, apelamos à responsabilidade de todos, à sua cidadania, à sua consciência moral e social", vincou.
Prosseguindo o apelo, Pedro Ramos disse que a região não quer continuar a ter aumento de casos graves, internamentos e mortes, e convocou todos os cidadãos para cumprir com essa responsabilidade.
"Continuem a colaborar com as autoridades regionais de saúde como têm feito nos últimos quatro dias. O caminho é este: usar sempre a máscara, testar sempre e vacinar depressa. A batalha contra a Covid-19 continua e depende de todos nós", repetiu, assinalando que o Governo está "muito satisfeito" com a resposta da população que se seguiu ao anúncio das medidas restritivas, na passada quinta-feira.
"Estamos muito satisfeitos com a resposta da nossa população. Foi uma adesão massiva, de quem percebeu a mensagem. Nestes quatro dias, demos 2.560 primeiras doses. Num total de 1.446, no dia 19, 672 foram primeiras doses; no dia 20, de 3.042 vacinas dadas, 1.205 foram primeiras doses e hoje 1.425 vacinas, das quais 683 primeiras doses", detalhou.
No que toca à realização de testes, nos últimos quatro dias foram realizados 20.465, adiantou.
Pedro Ramos especificou ainda que, entre os 500 casos ativos da doença na região, "há uma grande percentagem de não vacinados" e que 60% dos internados também não estão imunizados. Os restantes 40% estão vacinados mas têm comorbidades.
Em relação à vacinação das crianças, o responsável lembrou que todos os especialistas já afirmaram que esta população tem de ser vacinada. "Se a Agência Europeia do Medicamento (EMA) autorizar, nós vamos autorizar a vacinação das crianças da Região Autónoma da Madeira entre os 5 e 11 anos, que corresponde a 24.248 cidadãos", disse ainda.
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