DCIAP confirma: Comissões de 20 milhões e 33 mandados de busca cumpridos
Crimes de "fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol" investigados no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público. Pinto da Costa e filho são duas das figuras investigadas.
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País Buscas no Dragão
O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) confirma que foram cumpridos esta segunda-feira 33 mandados de busca no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público que envolve figuras como o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa e o filho Alexandre Pinto da Costa.
De com o comunicado, as buscas foram desenvolvidas "principalmente no Porto e em Lisboa" e estiveram a ser alvo das mesmas "instalações de sociedades, incluindo uma SAD e uma instituição bancária, bem como diversas residências".
Em causa está a suspeita de prática de crimes de "fraude fiscal, burla, abuso de confiança e branqueamento, relacionados com transferências de jogadores de futebol e com circuitos financeiros que envolvem os intermediários nesses negócios", explica ainda o DCIAP.
Os factos sob suspeita remontam a 2017 até ao presente e têm " forte dimensão internacional". Confirma ainda o Ministério que os negócios "envolvem operações de pagamento de comissões de mais de 20 milhões de euros".
85 elementos da Inspeção Tributária da AT e da PSP, bem como magistrados do Ministério Público, estiveram envolvidos nas buscas para o inquérito que se encontra em segredo de justiça.
Ao longo da manhã, vários meios de comunicação social avançaram com esta megaoperação em que, segundo a SIC Notícias, também Pinto da Costa foi alvo de buscas, assim como o filho e outros empresários.
Estarão em causa contratos com a Altice relativos aos direitos televisivos de transmissão dos jogos do FC Porto.
Recorde-se que, segundo a revista Sábado, existem fortes suspeitas que o filho de Pinto da Costa, Alexandre Pinto da Costa, terá recebido do empresário Pedro Pinho 2,5 milhões de euros, por ter sido intermediário nas negociações com a Altice.
O Banco Carregosa, uma instituição de crédito com sede no Porto e que se destinado a grandes negócios, também terá sido um dos locais alvo de busca assim como a SAD do FC Porto.
A investigação do DCIAP e da Autoridade Tributária está a ser conduzida pelo procurador Rosário Teixeira e pelo inspetor tributário Paulo Silva.
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