Mais alunos do Ensino Secundário concluem estudos no “tempo esperado”
A Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) revelou, esta terça-feira, que o desempenho dos alunos no Ensino Secundário tem vindo a melhorar, havendo um aumento no número de conclusões sem retenções.
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País Escolaridade
A Direção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC) divulgou, esta terça-feira, dois estudos que dão pistas quanto ao percurso dos alunos do Ensino Secundário em cursos científico-humanísticos e no ensino profissional.
Segundo a entidade, o desempenho dos alunos no Ensino Secundário tem vindo a melhorar, havendo um aumento no número de conclusões sem retenções – ou seja, os alunos completam os estudos em três anos.
O estudo referente aos cursos científico-humanísticos revela que 69% dos alunos concluíram o seu percurso escolar em três anos em 2019/2020, um aumento de 14 pontos percentuais em comparação com 2014/2015, no qual os valores se situavam nos 55%.
O ensino profissional registou uma melhoria semelhante, sendo que 65% dos alunos concluíram os estudos em três anos no ano letivo de 2019/2020, ao passo que, em 2014/2015, apenas 53% o fez (crescimento de 12 pontos percentuais).
“Os alunos com melhores resultados no ensino secundário frequentam, no ensino básico, os cursos gerais ou artísticos especializados, comprovando-se que a dualização precoce, extinta com os cursos vocacionais, não era desejável”, diz a DGEEC, adiantando que se registam melhores resultados nas regiões Norte e Centro. O Algarve e a Área Metropolitana de Lisboa, por sua vez, permanecem ‘estagnados’ na melhoria de resultados.
Outra das conclusões a realçar prende-se com os grupos etários, sendo que os alunos que iniciam o Ensino Secundário com 15 anos apresentam melhores resultados, o que “indicia que a retenção e consequente atraso na idade de desenvolvimento dos estudos não revela eficácia comprovada”.
Para o organismo, os dados “atestam ainda a importância da diversificação das ofertas no Ensino Secundário”, refletindo não só o investimento português na área, como também “o sucesso continuado e sustentado das políticas e das práticas localmente desenvolvidas pelas escolas e pelos professores para a melhoria dos resultados”.
Ainda assim, “o facto de ser ainda no ensino secundário que se encontram os principais focos de exclusão justifica que este investimento continue”, acrescenta.
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