Emigrantes no Canadá esperam regresso normal após férias de Natal
A comunidade portuguesa no Canadá já se "mentalizou que tem de viver com a pandemia", aprendendo a tomar as respetivas precauções, sendo que muitos já vão passar a época natalícia em Portugal.
© Reuters
País Covid-19
A empresária Marina Brito, que opera uma agência de viagens, no coração do Little Portugal de Toronto, reconhece que contrariamente ao verificado há um ano atrás, o "Natal está praticamente preenchido, com muitas reservas de viagens" e nem tem conhecimento de "cancelamentos", mesmo após o "aparecimento da nova variante Ómicron da pandemia".
"No mercado dentro da comunidade portuguesa, continuamos a vender, com alguma naturalidade e com algumas perguntas de preocupação, mas penso que as pessoas começaram a habitar-se a viver com a pandemia. Continuamos a vender, mas o Natal está praticamente vendido", sublinhou a empresária, natural de Maputo.
Todos os passageiros internacionais, que cheguem ao Canadá, com a exceção de norte-americanos, são obrigados desde terça-feira, a efetuarem um teste contra a COVID-19, isolando-se em casa, até que sejam conhecidos os resultados.
"As pessoas estão cansadas, já se mentalizaram que têm de viver com esta nova situação e apreenderam a tomar precauções. A totalidade dos nossos passageiros, neste momento, estão todos vacinados e não têm receio de viajar", acrescentou a emigrante portuguesa no Canadá desde 1989.
No entanto, Marina Brito alertou para os preços praticados por algumas das companhias aéreas, durante a época de Natal, preços que ultrapassam os 3.000 dólares canadianos, em classe económica, uma subida de mais do dobro dos preços iniciais de cerca de 1.200 dólares por passageiro.
"Mesmo com os preços exagerados, que se começaram a praticar a partir do dia 01 de dezembro, que rondam a casa dos 3.000 dólares canadianos por um bilhete, em economia, os passageiros continuam a marcar para ir lá passar o Natal. Temos o dezembro quase todo vendido, e o ano passado quase que nem tínhamos passageiros", realçou.
Otava implementou outra medida, em vigor desde o dia 30 de novembro, proibindo o embarque de passageiros com 12 anos de idade ou mais, que não sejam vacinados, quer em comboios de passageiros ou de avião.
Quase três anos sem visitar Portugal, Sara Ferreira, em Toronto, desde 2012, esteve em setembro último em Portugal, partilhando que "ser muito fácil viajar, porque todos cooperaram e seguem as regras sanitárias", no entanto, com o surgimento da nova variante Ómicron, "tudo mudou".
A emigrante natural de Braga vai regressar à sua terra de origem para passar a época natalícia mostrando-se confiante e segura.
"Quando marquei a viagem a nova variante era desconhecida. Sinto-me segura, pois tenho as duas vacinas, e quando for possível irei tomar a terceira. Sei que tenho de fazer os testes e seguir todas as medidas sanitárias, em ambos os países. Por isso estou totalmente confiante de efetuar esta viagem em dezembro", sublinhou.
Com as autoridades de saúde a apresentarem novos dados e a implementarem novas restrições diariamente, a agente de viagens Marina Brito aconselha que os passageiros consultem as informações relativamente a todas as novas medidas pelo menos na véspera de embarcarem, correndo o risco, caso não o façam, de não seguirem viagem.
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