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"Quando se tem muito dinheiro, há dificuldade em passar-se despercebido"

Um artigo de opinião assinado por Joaquim Jorge, biólogo e fundador do Clube dos Pensadores.

"Quando se tem muito dinheiro, há dificuldade em passar-se despercebido"
Notícias ao Minuto

16:35 - 13/12/21 por Notícias ao Minuto

País Artigo de opinião

"Vá lá que conseguiram prendê-lo! A entrevista à CNN foi-lhe fatal. Quando se tem muito dinheiro, há uma enorme dificuldade em passar-se despercebido. 

Quando pessoas desta índole não têm vergonha, eu não lhes tenho respeito nenhum.

Só há uma coisa em que lhe dou razão: o tratamento privilegiado de Ricardo Salgado em relação à sua pessoa (João Rendeiro), inclusive, outros casos. É inadmissível!

Mas, não tenho dúvidas que o dinheiro vai ajudá-lo a amenizar as suas sentenças. O dinheiro tem ajudado José Sócrates, Ricardo Salgado e outros.

Só há dois senãos nesta história que parece de ficção.

O primeiro senão: o excessivo interesse mexerico e de intriga que os portugueses adoram. 

Esta telenovela negra vai durar vários dias ou semanas. O problema é que desvia a atenção do essencial – próximo governo e as suas propostas.

O segundo senão: excesso de visibilidade da PJ. 

Luís Neves,  diretor da PJ, deu uma conferência de imprensa ao fim da manhã, fez bem para explicar todo o processo. Mas não devia ter ido à RTP às 13h, à CMTV às 17h, à CNN às 19h, finalmente, à SIC às 20h. 

Mais recato e discrição. A PJ habituou-me a ser uma das melhores policias do Mundo, em que o seu êxito reside no que faz nos bastidores sem o conhecimento público.

Não nos podemos esquecer que a polícia sul- africana foi preponderante neste detecção.

Espero que todo este alarido não caia em saco roto. João Rendeiro tão cedo não voltará a Portugal e espero que tudo isto não passe de uma “mise-en-scéne” para desviar as atenções de outros casos e por que estamos perto das eleições.

João Rendeiro à beira de alguns tubarões é peixe médio.

Uma coisa é certa Rendeiro continua a fazer render…"

Leia Também: Rendeiro "pode beneficiar de proteção consular" mas ainda "não requereu"

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