Responsáveis pelas igrejas europeias apelam à vacinação

Os presidentes da Conferência das Igrejas Europeias (CEC) e da Comissão dos Episcopados da Comunidade Europeia (COMECE) apelaram, em conjunto, "à responsabilidade e à proteção", nomeadamente através da vacinação, face à pandemia de covid-19.

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Lusa
15/12/2021 16:10 ‧ 15/12/2021 por Lusa

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Covid-19

Em comunicado divulgado hoje em Portugal pelo COPIC -- Conselho Português de Igrejas Cristâs, Christian Krieger e Jean-Claude Hollerich alertam que, "de acordo com os relatórios, as infeções por covid-19 estão ainda em crescendo na Europa", enquanto médicos e paramédicos "estão exaustos e os hospitais enfrentam o risco de iminente colapso".

"Diferentes níveis de vacinação na Europa oferecem indicações claras das razões para esta dramática situação. Em diversos Estados membros da União Europeia, a toma da vacinação completa, infelizmente, permanece ainda abaixo do necessário para conter a propagação do vírus, apesar das vacinas estarem disponíveis", sublinham os responsáveis pelas Igrejas europeias.

Segundo o pastor francês Christian Krieger e o cardeal luxemburguês Jean-Claude Hollerich, "escutando os peritos em ciência e em medicina, (...) a vacinação é atualmente a forma mais eficaz para conter a pandemia e salvar vidas humanas".

"A vacinação oferece proteção não apenas para nós, mas também para os nossos irmãos e irmãs, particularmente os mais frágeis entre nós. É deste modo um ato de amor e de cuidado e também de responsabilidade civil e de justiça social", frisam, reconhecendo, no entanto, que "a decisão a ser vacinado pode não ser fácil e as razões para a hesitação podem ser ponderadas".

No comunicado, os dois responsáveis lamentam o "propagar da falsa informação e infundadas queixas (...) relativamente à vacinação, causadas pelo medo e polarização num tempo em que as nossas sociedades necessitam de coesão, unidade e solidariedade", pelo que apelam "fortemente a todos os que têm responsabilidades na sociedade, incluindo políticos e jornalistas, como também às (...) Igrejas, para conterem qualquer tentativa de desinformação".

O apelo é feito numa altura em que a covid-19 já provocou pelo menos 5.320.431 mortes em todo o mundo, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.698 pessoas e foram contabilizados 1.205.993 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, classificada como "preocupante" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 57 países de todos os continentes, incluindo Portugal.

Leia Também: Professores querem prioridade no reforço da vacinação e reuniões 'online'

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