O autarca Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda) anunciou hoje, no período de Antes da Ordem do Dia da reunião quinzenal do executivo, ter determinado que, este ano, "não será emitida qualquer licença para a realização de Madeiro de Natal" no concelho.
A decisão é justificada pela "evolução da situação pandémica em Portugal, e mais concretamente no concelho da Guarda, onde ainda não se atingiu o ponto de inflexão da tendência de evolução do número de casos".
Sérgio Costa referiu aos jornalistas, no final da sessão, que "foi solicitado parecer à Saúde Pública sobre a realização dos tradicionais Madeiros de Natal, conforme plasmado na legislação em vigor bem como das orientações da DGS [Direção-Geral da Saúde], e que esta entidade desaconselha fortemente o seu licenciamento".
"Foi também convocada a Comissão Municipal da Proteção Civil para deliberar sobre a realização dos tradicionais Madeiros de Natal, na qual se concluiu, por unanimidade, ser imprudente o seu licenciamento, pois a realização do Madeiro de Natal proporciona também a aglomeração de pessoas, o que é altamente contraproducente, tendo em conta que o risco de transmissão é atualmente extremamente elevado, no concelho da Guarda", acrescentou.
O presidente do município da Guarda determinou "que não será emitida qualquer licença para a realização de Madeiro de Natal, bem como do tradicional Magusto da Velha, em Aldeia Viçosa, devendo ser tomadas as diligências tidas por convenientes para que, caso os madeiros estejam já preparados, não sejam acesos ilegalmente por terceiros".
No âmbito da programação "Guarda -- A Cidade Natal", a autarquia previa acender o tradicional Madeiro de Natal na tarde do dia de Consoada, na Praça Velha, no centro da cidade, junto da Sé Catedral.
E para evitar contágios por covid-19 nas festas de Natal e de Fim de Ano, Sérgio Costa aconselha "muita cautela" aos munícipes.
"Todos nós temos que ter muita cautela e evitarmos, ao máximo, a aglomeração de pessoas no mesmo local, principalmente em locais fechados", apela.
O autarca também aconselha que os participantes em convívios familiares façam previamente o teste de covid.
A covid-19 provocou mais de 5,35 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.796 pessoas e foram contabilizados 1.227.854 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.
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