Governo previne já efeitos da Ómicron para não ser forçado a "remediar"
O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo optou por reforçar as medidas de combate à pandemia da covid-19 para prevenir já os efeitos da nova variante Ómicron, evitando ser forçado mais tarde a remediar.
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País Pandemia
Esta foi uma das principais justificações apresentadas por António Costa na conferência de imprensa em que apresentou as novas medidas de prevenção e combate à pandemia da covid-19, horas depois de um Conselho de Ministros extraordinário que se realizou no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa.
Em relação à nova variante Ómicron, o primeiro-ministro considerou que há já um dado seguro: "A nova variante "é muitíssimo mais transmissível" do que a anterior, a Delta.
"Significa isto que o risco de transmissão é, obviamente, um risco maior do que tínhamos anteriormente. Por outro lado, parece que a severidade da doença não sofre agravamento", assinalou.
Face a este quadro de incerteza ao nível científico, António Costa sustentou que é obrigação do Governo optar pela prevenção.
"Devemos prevenir para ter mais tarde de remediar", frisou.
Na sua intervenção inicial, o líder do executivo defendeu que dos pontos de vista da vacinação, da testagem e do controlo das fronteiras "o país tem conseguido obter resultados efetivos".
Contudo, de acordo com o primeiro-ministro, em 26 de novembro um dia depois das últimas medidas anunciadas pelo executivo, foi anunciada pela Organização Mundial da Saúde a nova variante Ómicron, que "suscita muitas interrogações".
"Caso se atente à nossa matriz de risco, verificamos uma má notícia e uma boa notícia: a má notícia é um rápido aumento da incidência a 14 dias por 100 mil habitantes, estando atualmente nos 562 casos; a boa notícia é que, graças à vacinação a à elevada testagem, a taxa de transmissão (Rt) tem vindo a diminuir desde 25 de novembro", apontou.
António Costa invocou também que, recentemente, o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge atualizou as previsões que tem feito relativamente ao impacto da variante Ómicron, que representa hoje já 46,9% do total de infeções.
"As projeções que faz de crescimento aponta para que, no final do ano, esta variante já seja absolutamente dominante, abrangendo 90% das pessoas infetadas. Como sabemos, há muitas dúvidas sobre esta variante, porque é relativamente recente e os testes de sequenciação ainda estão a ser feitos um pouco por todo o mundo", acrescentou.
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