"O segundo passo do nosso percurso não começou em dias fáceis." É desta forma que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, inicia a sua mensagem de ano novo dirigida aos portugueses, num discurso marcado pelo balanço deste último ano.
"Quase seis meses, aqui e lá fora, foram ainda mais duros do que 2020: em pandemia, paragem económica, crise social, descompensação nas pessoas e desgaste nas instituições", prossegue, adiantando, logo de seguida, que "resistimos, contivemos, vacinámos, reabrimos escolas presenciais, pusemos a economia a arrancar, exportámos, recebemos turistas outra vez, ensaiámos começar de novo", enumera.
Tudo no meio de uma pandemia, que "teimou em persistir no final do ano", realça o Presidente, acrescentando ser necessário continuar a testar e a aprender a conviver com o vírus SARS-CoV-2.
"Com a paciência de quem já viveu quase 900 anos, [Portugal tem] muito mais a fazer para recuperar o tempo perdido. Costuma dizer-se que 'ano novo, vida nova'. Pois, este 2022 tem de ser mesmo 'ano novo, vida nova'", salienta Marcelo.
Menos pandemia, pobreza, egoísmo e desigualdades são alguns dos desejos do responsável para o novo ano.
"Nós podemos fazer muito, e muito mais", acrescenta, concluindo que o necessário é "virar a página" e consolidar o caminho para o fim da pandemia, já que "estamos encaminhados, mas falta o fim dos fins."
Marcelo considera ainda que "janeiro a março será o tempo crucial" para, com a ajuda do inverno, solidificar o fim da pandemia, assim como converter "preocupações em esperanças e confianças" - com uma Assembleia da República "renovada", que possa também atender aos "projetos" dos portugueses.
[Notícia atualizada às 20h19]
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