Covid-19: Maior parte das pessoas por vacinar são crianças e jovens

A maior parte das pessoas que ainda estão por vacinar contra a covid-19 são crianças e jovens entre os 5 e os 20 anos, avançou hoje o coordenador do plano de vacinação Carlos Penha-Gonçalves.

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Lusa
05/01/2022 13:43 ‧ 05/01/2022 por Lusa

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Covid-19

Fazendo um ponto da situação da vacinação contra a covid-19 na reunião de avaliação da pandemia realizada na sede do Infarmed, em Lisboa, Carlos Penha-Gonçalves, coronel do exército, adiantou que, neste momento, há 90% da população com a vacinação iniciada e 88% com a vacinação completa.

Há uma fração da população que ainda está à espera da segunda dose porque não é elegível, sendo na maior parte crianças que foram vacinadas no dia 18 e 19 de dezembro, explicou o representante do Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação contra a covid-19, na reunião que hoje de manhã juntou peritos, políticos e o Presidente da República.

"No que diz respeito ao perfil etário da vacinação primária (...) estamos com altas taxas de vacinação até à faixa etária dos 20 anos e a partir daí para baixo estamos agora a vacinar as crianças entre os 11 e os 5 anos que vão ajudar a melhorar a vacinação e a proteção destas nestas faixas etárias mais baixas".

Relativamente à administração da dose de reforço, iniciada em 11 de outubro de 2021, o responsável adiantou que 85% da população acima dos 80 anos já está vacinada, 83% na faixa dos 70 e 79% acima dos 65 anos.

"Estamos agora a progredir nas faixas dos 60 aos 64 anos e na faixa dos 50 anos", referiu.

O plano, adiantou, é administrar doses de reforço nos próximos dois meses e meio, entre janeiro e meados de março, nas faixas etárias dos 50 anos para baixo, admitindo que poderá avançar já em março a vacinação dos jovens.

Citando os dados mais recentes, o coordenador do plano de vacinação afirmou que, na terça-feira, cerca de 2,4 milhões de portugueses tinham sido inoculados com a vacina da gripe e um pouco acima de três milhões com a vacina de reforço contra a covid-19.

Dos três milhões de pessoas que receberam a dose de reforço, cerca de um milhão tomaram simultaneamente a vacina contra da gripe.

"Portanto, em termos genéricos e do país estamos com 83% de pessoas vacinadas acima dos 65 anos e cerca de 62% acima dos 60 anos", disse, ressalvando que estão a ser utilizados como referencial de cálculo de população os números provisórios do Censos2021 "que alteram um bocadinho estas percentagens, mas parecem ser os mais realistas e mais fidedignos neste momento".

Fazendo um resumo do processo de vacinação, referiu que "a vacinação da gripe foi inicialmente priorizada, mas estabilizou a partir do mês de dezembro, enquanto a vacinação da covid-19 tem progredido com algumas flutuações que tem a ver com a vacinação das crianças que param um pouco a vacinação de reforço".

Neste momento, 81% das pessoas com mais de 80 anos estão vacinadas contra a gripe, enquanto na faixa dos 70 anos são 76% e na faixa dos 65 anos, 66%.

"Mais recentemente começámos a vacinar as pessoas entre os 60 e 64 anos", disse, salientando que, de um modo geral, se podem dizer que, acima dos 65 anos, três quartos da população está vacinada contra a gripe e cerca de dois terços dos maiores de 60 anos, tendo alguma desta vacinação sido feita em farmácias.

Penha Gonçalves destacou ainda que a relação entre o número de casos e as mortes começou a mostrar "uma dissociação" - em julho de 2021, com a variante Delta - que é ainda mais evidente na última onda pandémica. "Há uma tendência que nos mostra que nas populações mais idosas a vacinação protege da mortalidade, o que justifica a nossa escolha de ter vacinado por faixa etária", argumentou.

Leia Também: INSA prevê máximo de casos na primeira ou segunda semana de janeiro

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