Marta Temido revelou que nestes primeiros 11 dias do ano a linha da Saúde 24 já recebeu à volta de 700 mil chamadas, “uma quantidade muito significativa de contactos”, frisou, explicando que “a linha tem estado a resolver a situação de saúde de muitas pessoas”.
Consciente de que é necessário dar resposta às necessidades dos portugueses, a ministra da Saúde esclareceu que “houve alterações dos algoritmos e reforço dos profissionais (de saúde). A linha está a garantir uma resposta que não é a resposta perfeita, gostaríamos de ter tempos de atendimento mais rápidos”, admitiu, afirmando que para breve Portugal poderá contar com a abertura “de mais alguns call centers”.
A ministra comentou que atualmente, “ao contrário de momentos passados” a procura dos doentes já não é tanto ao nível dos cuidados intensivos, mas de “outros serviços que estão a a ser muito pressionados”, sendo que, para combater esta dificuldade, Marta Temido esclareceu que “estão a ser feitas adaptações”, redirecionando atividade, permitindo "equilibrar a Covid e a não Covid".
A região de Lisboa e Vale do Tejo, é, nas palavras da ministra, "a região que neste momento tem mais pressão" e, como tal, a prioridade é "conseguir garantir algum equilíbrio entre a atividade normal e a resposta à Covid”. Segundo Marta Temido, nesta região existem, neste momento, “cerca de 700 doentes internados em enfermaria por Covid-19". Explicou assim que “embora haja pressão, é uma pressão muito diferente da que sentimos (anteriormente)”.
"Sabemos que alguma fragilidade dos cuidados de saúde primários acaba por levar a que muitos doentes, que sentem a preocupação com o seu estado de saúde, venham aos serviços hospitalares. Isso traz uma pressão acrescida, temos de lidar com ela e nos preparar para enfrentá-la nos próximos dias", acrescentou.
Mencionou ainda que hoje estão cerca de 15.500 doentes internados em todos os hospitais do país e 1.564 são por Covid-19 e, destes, 44 têm menos de 18 anos", o que representa, segundo a ministra, "uma percentagem de meninos com Covid no total de doentes internados que andam na casa dos 2.8% e isso é o resultado de um esforço muito significativo que tem sido feito na área da vacinação e de melhores medidas".
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