"O PSD não tem que viabilizar coisa nenhuma", afirmou o também chefe do executivo madeirense quando questionado se o partido deveria estar disponível para apoiar algum projeto do PS, num cenário de maioria relativa dos socialistas nas eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.
Miguel Albuquerque vincou que "o PSD não tem que ser bengala de nenhuma solução que não seja aquela que apresenta".
"O PSD tem que ser alternativa e tem um projeto de alternativa para o desenvolvimento do país", sublinhou.
Falando sobre o debate televisivo de quinta-feira entre os líderes do PS, António Costa, e do PSD, Rui Rio, Albuquerque opinou que não constituiu "uma surpresa".
No seu entender, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS apresentou "uma visão conservadora e esclerosada de um projeto para o país que é mais do mesmo".
Albuquerque considera que o projeto socialista representa "empobrecimento, regressão económica e social, propaganda, com Portugal a ficar para trás do ponto de vista do seu desenvolvimento, comprometendo o futuro das novas gerações".
Em contraponto, o candidato social-democrata tem "uma visão nova, arejada, rigorosa e incisiva relativamente àquilo que são os princípios fundamentais que são precisos para desenvolver o país".
Miguel Albuquerque indicou que Rui Rio tem "perfeito conhecimento dos dossiês" pendentes da Madeira e que "houve um tema indiretamente que abordado" no debate relacionado com a Madeira, nomeadamente quando criticou "a situação escandalosa da TAP".
O governante madeirense realçou que existe um "compromisso assumido" pelo líder do PSD, se ganhar as eleições e for indigitado primeiro-ministro, no sentido da resolução de várias situações relativas à Madeira.
Indicou ser necessário "acertar" os 50% do pagamento da construção do novo hospital da Madeira, situação que "não está consubstanciada numa resolução do Conselho de Ministros e continua aquela manha de fazerem as deduções dos imóveis dos hospitais dos Marmeleiros e Dr.Nélio Mendonça".
As questões da autonomia fiscal par alargar o âmbito dos 30% do diferencial para os Impostos Sobre os Rendimentos de Pessoas Coletivas (IRC) e das Pessoas Singulares (IRS), da mobilidade aérea e do subsídio para os residentes, do pagamento dos subsistemas de saúde para os funcionários do Estado na região também são situações pendentes.
"São estas questões que têm de ser resolvidas e rapidamente", enfatizou.
Albuquerque falava aos jornalistas no decorrer da visita que efetuou à sala do futuro da escola do concelho da Ribeira Brava, um investimento na ordem dos 6,7 milhões de euros.
O responsável salientou que, presentemente existem 12 destas salas na região, sendo o objetivo do Governo Regional "alargar a todas escolas secundárias e depois ás do 1.º ciclo".
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