Depois de uma campanha digital para as eleições presidenciais há um ano, devido à pandemia da covid-19, Vitorino Silva, popularmente conhecido por Tino de Rans, voltou hoje àquele que diz ser o seu gabinete: a rua.
O local escolhido para a primeira ação de campanha para as eleições legislativas antecipadas de dia 30 foi a Feira do Relógio, em Lisboa, e durante cerca de uma hora e meia a percorrer os quase três quilómetros ocupados por bancas o presidente do RIR foi centro das atenções.
"Olha o Tino", ouvia-se repetidamente entre os pregões dos feirantes. No seu "'habitat' natural", como lhe chamou, Vitorino Silva falou com comerciantes e com visitantes e a todos pediu uma oportunidade, com uma garantia em troca.
"O RIR vai ter povo no parlamento, porque as pessoas que estão comigo são o povo, o povo genuíno e verdadeiro, que não está ligado aos 'lobbies'. O povo vai ter voz, vai ter vez e vai ter lugar", prometeu.
Com as expectativas altas, confiante de que o partido terá um grupo parlamentar na próxima legislatura, Vitorino Silva insistiu ainda na ideia de ser ponte entre a esquerda e a direita para desbloquear o país.
Ao longo do percurso, o líder do RIR distribuiu calendários do partido e abraços, parou para fotos e autógrafos, ouviu os desabafos de alguns comerciantes que disseram sentir-se por discriminados por um dos partidos candidatos às eleições, e foi reiterando a mesma ideia.
"O RIR é incluir", repetiu por várias vezes.
Perante a apoio das pessoas, aproveitou também para deixar críticas às empresas de sondagens por limitarem o seu partido à categoria "Outros", afirmando que parecem ser as únicas que "não conhecem o Tino".
Por outro lado, criticou ainda a exclusão do RIR dos debates televisivos, contrariando a ideia de partidos grandes e partidos pequenos.
"Se houvesse grandes partidos em Portugal, não tínhamos 50% de abstenção. Fazem debates com os grandes que não são grandes e o único partido que vai ser grande no dia 30 é o RIR. O RIR vai entrar naquela metade do país que tem de ser respeitada", afirmou.
Quanto a propostas concretas, Vitorino Silva manifestou a intenção de baixar os impostos sobre os combustíveis, o IVA da restauração e o preço das portagens nas autoestradas.
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