A morte de um recluso do Estabelecimento Prisional de Alcoentre, encontrado inanimado na cela no dia 11 de janeiro, não revelam “lesões traumáticas causadoras da morte”, anuncia o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF).
“Em referência à noticia da morte de um cidadão recluso no Estabelecimento Prisional de Alcoentre, cuja autópsia médico-legal foi realizada no dia 12 de janeiro, o INMLCF informa que os dados preliminares da autópsia não revelam lesões traumáticas causadoras da morte, tendo sido realizadas colheitas para a concretização de exames complementares laboratoriais”, lê-se no comunicado a que o Notícias ao Minuto teve acesso.
O organismo adianta que os exames complementares “serão concluídos com a maior brevidade possível, de forma a que o relatório de autópsia possa ser enviado com celeridade para o Ministério Público.”
Recorde-se que, depois de encontrado, o recluso terá sido assistido pela enfermeira e pelo médico de serviço no estabelecimento, que declararam o óbito.
Além disso, foi aberto um inquérito interno a cargo do Serviço de Auditoria e Inspeção (Sul), segundo a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).
A instituição negou ainda as alegações da Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso de que o detido sofreu surtos psicóticos durante três dias, sem a devida assistência médica, assegurando que o mesmo se encontrava sob acompanhamento clínico. Na verdade, de acordo com a DGRSP, tinha-lhe sido diagnosticada escabiose, o que obrigava a que não interagisse com a população reclusa.
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