A organização, que envolve a Câmara Municipal de Estarreja, a Associação do Carnaval de Estarreja (ACE) e 11 grupos desfilantes, sendo sete grupos de folia e quatro escolas de samba, emitiu hoje um comunicado dando conta de que "entende que não estão reunidas as condições para a realização dos desfiles carnavalescos de 2022".
A decisão surge na sequência de reuniões de reavaliação de risco com as entidades de proteção civil, forças de segurança e de socorro, e autoridade local de saúde pública, realizadas na última semana.
NA sexta-feira foram também auscultados os grupos desfilantes e a maioria "considerou que o contexto pandémico atual não se compatibiliza com a realização dos corsos".
Recorde-se que em outubro, a organização, face aos indicadores da pandemia na altura, havia decidido avançar com os trabalhos preparatórios dos festejos.
"Com o crescimento do número de casos de infeção por COVID-19, as circunstâncias alteraram-se de forma significativa provocando dificuldades aos grupos e à autarquia, que desta forma assumem uma decisão que consideram ser a mais sensata e adequada ao momento que estamos a viver, protegendo em primeiro lugar a saúde pública", justifica o comunicado.
Segundo a vereadora da Cultura da Câmara de Estarreja, Isabel Simões Pinto, "Estarreja não passará a efeméride sem assinalar o Carnaval, estando a preparar uma programação alternativa para os dias habitualmente mais fortes dos festejos".
"Não sendo possível realizar os desfiles nos moldes normais, a programação alternativa pretende, acima de tudo, dinamizar iniciativas que envolvam a comunidade, desde os mais novos aos mais velhos, mantendo viva a tradição carnavalesca e tudo o que ela representa para os estarrejenses", declarou.
A covid-19 provocou 5.543.637 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 19.380 pessoas e foram contabilizados 1.950.620 casos de infeção, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral e, desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta em novembro, tornou-se dominante em vários países, incluindo em Portugal.
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