Uma carta aberta dirigida ao primeiro-ministro, António Costa, e à ministra do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, revelou as dificuldades que as creches e infantários privados estão a enfrentar para se manterem abertos numa altura em que se multiplicam profissionais e alunos em isolamento devido à Covid-19.
De acordo com o documento assinado pela Direção Nacional da Associação de Creches e Pequenos Estabelecimentos de Ensino Particular (ACPEEP), estes espaços têm salas fechadas por falta de educadores e auxiliares e pedem apoio do Estado através do Alargamento do Apoio ao Reforço de Emergência de Equipamentos Sociais e de Educação às Instituições Particulares, que não são de momento financiados.
Susana Batista, presidente da Direção Nacional, aponta nesta carta a dificuldade em contratar mais pessoal e apela a um apoio temporário extraordinário para que não se fechem estes equipamentos e as "crianças possam continuar a frequentar os mesmos.
"É urgente o Estado ajudar as organizações a não fechar, para poderem continuar a receber crianças", indica ainda o documento.
A carta aberta alerta ainda que, de momento, os apoios estão a ser dados ao setor público e social, mas que também os privados necessitam de assistência. A "Covid-19 não escolhe setores de atividade, nem setores sociais, trata-nos todos da mesma maneira", conclui ainda.
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