A Polícia Judiciária está neste momento na Quinta Patino, em Cascais, a apreender todos os bens de valor da família Rendeiro.
Estão em causa obras de arte, como quadros e esculturas, além de móveis, tapetes, faqueiros e tudo o que tenha valor considerável no recheio das casas de João Rendeiro.
Segundo uma fonte da Lusa, que confirma a notícia avançada pela CNN, os mandados de arresto de bens do antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) - cujo processo de extradição para Portugal decorre na África do Sul onde foi localizado e detido - estão a ser executados no âmbito de um "processo em que João Rendeiro já foi condenado".
A mesma fonte confirmou que o arresto está a ser cumprido por elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária e abrange bens da casa da mulher do ex-banqueiro, Maria de Jesus Rendeiro, que está em prisão domiciliária, indiciada do crime de descaminho de obras de arte do marido, das quais era fiel depositária.
O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, ocorreu em 2010, depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa, nomeadamente o caso BES/GES.
Na Quinta do Patino, um dos condomínios mais sofisticados e íntimos de Portugal, é onde está em prisão domiciliária Maria de Jesus, suspeita do crime de descaminho de obras de arte arrestadas ao marido, e das quais era fiel depositária.
João Rendeiro continua detido na África do Sul, sendo que está marcada para maio mais uma sessão de um dos processos que enfrenta. O processo de extradição para Portugal terá nova sessão apenas em junho.
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