Marcelo pede "solução diplomática" e recusa comentar envio de tropas

O Presidente da República fez o apelo durante a visita do homólogo da Eslovénia.

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Hélio Carvalho, com Lusa
14/02/2022 14:35 ‧ 14/02/2022 por Hélio Carvalho, com Lusa

País

Ucrânia/Rússia

Marcelo Rebelo de Sousa voltou a apelar esta segunda-feira à paz na Ucrânia, afirmando que espera que a situação se resolva pela via diplomática.

Durante a receção ao presidente da Eslovénia, Borut Pahor, no Palácio de Belém, o Presidente da República reiterou que os dois partilham a mesma opinião: as tensões entre Ucrânia e Rússia devem ser resolvidas sem conflito armado.

"A solução é, tem de ser, deve ser, diplomática. Tem de se dar espaço à diplomacia e é pela via da diplomacia que deve avançar o enfrentar de uma situação importante para a Europa e para o mundo", afirmou o Presidente.

No sábado, Marcelo apontou que não se devia pronunciar sobre a recomendação dos diferentes governos mundiais para que os seus cidadãos saiam da Ucrânia. O chefe de Estado fez a declaração em Paris, ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros, pouco tempo depois do governo português aconselhar os portugueses na Ucrânia a abandonar o país.

Desde então, o Presidente mencionou duas vezes o confronto - fê-lo esta segunda-feira e também no domingo, em Braga - e, nas duas vezes, apelou à paz.

Marcelo recusa falar de envio de tropas

O Presidente português foi também questionado sobre as declarações feitas no domingo pelo comentador político e conselheiro de Estado Luís Marques Mendes, na SIC, de que Portugal vai enviar tropas para a Roménia, no quadro da NATO, face à situação de tensão entre a Ucrânia e a Rússia.

"Como imagina, não esperará que eu venha pronunciar-me sobre essa questão. Portugal tem uma posição que é conhecida. Portugal, além de ser um membro muito interveniente da União Europeia, é um membro muito interveniente da NATO, como é das Nações Unidas e de outras organizações internacionais. Cumpre as suas obrigações e assume em plenitude a sua posição em qualquer destas instituições, nomeadamente na Aliança Atlântica", começou por responder o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa disse que Portugal "não só defende sempre a unidade dentro da Aliança Atlântica, como o papel reforçado da NATO no quadro geopolítico global - não apenas europeu, mas global" e reiterou que "cumpre as suas obrigações" enquanto membro desta organização.

"Essas obrigações estão definidas a vários níveis. E, naturalmente, como sabem também, nessa definição, o Governo, que conduz a política externa e de defesa tem um papel determinante, mas o Presidente da República Portuguesa e Comandante Supremo das Forças Armadas, presidindo ao Conselho Superior de Defesa Nacional naturalmente que tem também um papel neste domínio", referiu.

"Mais do que isto, entendo que não se deve dizer neste momento", defendeu o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa recebeu esta tarde o presidente da Eslovénia e anunciou que Borut Pahor receberá um doutoramento 'honoris causa' pela "sua" Universidade de Lisboa. "Fico muito feliz por esse reconhecimento da academia ao seu estatuto e à sua personalidade como político", disse.

Leia Também: Marcelo diz que diálogo "é fundamental para a construção da paz"

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