"A dimensão que a FIT alcançou, quer em termos de investimento necessário, cujo montante é mais de 400 mil euros, o elevado número de participantes e a afluência massiva de pessoas, não permitem que o município da Guarda promova e realize [o evento], salvaguardando as necessárias e fundamentais condições de saúde pública e com as condições de sucesso garantido", justificou hoje o autarca Sérgio Costa (Movimento Pela Guarda), no final da reunião quinzenal do executivo.
O autarca disse aos jornalistas que a FIT deveria ocorrer, como é hábito, no último fim de semana de abril e no primeiro dia do mês de maio, mas a autarquia teve de decidir pelo cancelamento "dadas as condições da evolução da pandemia" no concelho da Guarda.
Sérgio Costa referiu que o município pretende organizar um certame "com sucesso" e com "retorno" económico.
"E nós [Câmara Municipal] correríamos o risco de a FIT ficar aquém das expectativas em termos de afluência de pessoas ou até de expositores [devido à pandemia] e, por isso, é que tomámos esta decisão", justificou.
Após a sessão, a autarquia emitiu um comunicado onde explica que os condicionalismos verificados não permitem que o município promova e realize o evento "que é já uma marca e uma referência nacional e ibérica, no Turismo de Interior".
A fonte lembra na nota que a 7.ª edição da FIT, que estava prevista para 2022, para uma data que não chegou a ser definida, foi "sucessivamente adiada desde 2020, data em que teve início a pandemia por covid-19".
"Consciente do impacto desta decisa~o, o munici´pio na~o pode deixar de lamentar este adiamento e reiterar, uma vez mais, a confianc¸a e o agradecimento a todos aqueles que te^m acompanhado a FIT ao longo das seis edic¸o~es deste grande evento nacional, dedicado ao Turismo Ibe´rico", remata.
A feira, que tem por lema "Uma feira. Dois países. O mundo" é organizada desde 2014 pela Câmara Municipal da Guarda, no Parque Urbano do Rio Diz.
Na reunião de hoje do executivo municipal da cidade mais alta do país, foi aprovado, por maioria, com a abstenção do vereador do PS (Luís Couto), a primeira revisão ao orçamento para este ano, com o reforço de 7,9 milhões de euros, que transitaram do saldo de gerência do ano anterior.
O executivo também aprovou, por unanimidade, um voto de pesar pelo recente falecimento de António Piné, farmacêutico e colecionador de arte.
"Deixou-nos uma das figuras cimeiras da vida pública desta cidade que, de modo altruísta, partilhou a sua enorme emoção e paixão pela arte. (...) Num momento doloroso que a todos sensibiliza, o município da Guarda expressa a toda a família, a sua solidariedade o seu profundo pesar e pelo falecimento de António Piné, nome incontornável na história desta cidade", referiu Sérgio Costa.
O presidente da autarquia lembra no documento que António Piné foi um "distinto cidadão" que deixou ao país "um importante acervo", a "Coleção António Piné", que "ilustra as correntes estéticas que caracterizaram a arte portuguesa a partir da segunda metade do século XX".
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