Primeiro-ministro destaca "eliminação praticamente total" das restrições

O primeiro-ministro, António Costa, destacou hoje a "eliminação praticamente total" das medidas restritivas relacionadas com a covid-19, apontando que essas restrições permitiram ao país "libertar-se do risco da contaminação" com SARS-CoV-2.

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Lusa
18/02/2022 14:40 ‧ 18/02/2022 por Lusa

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Covid-19

"As decisões ontem [quinta-feira] tomadas no Conselho de Ministros preveem a eliminação praticamente total das medidas que ainda existem e fixou também o momento em que as poucas que vão subsistir irão desaparecer", afirmou António Costa, falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas.

Em declarações à imprensa no final de uma cimeira da União Europeia com a União Africana e um dia após um encontro informal de líderes europeus sobre a crise ucraniana, o chefe de Governo português vincou: "Estas restrições têm sido uma forma de nos libertarmos do risco da contaminação e da pandemia".

A melhoria de vários indicadores relacionados com a pandemia de covid-19 levou o Governo a aprovar na quinta-feira o levantamento de várias restrições, um alívio de medidas que considerou ser "mais um passo para o regresso a uma vida normal".

Portugal continental vai, desde logo, deixar de estar em situação de calamidade para entrar em alerta, o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes da Lei de Base da Proteção Civil e que vai vigorar até 07 de março.

A situação de calamidade, nível de resposta mais elevado, estava em vigor desde 01 de dezembro de 2021.

Ao mesmo tempo, o certificado digital vai deixar de ser exigido no acesso a restaurantes e a estabelecimentos hoteleiros, mantendo-se apenas obrigatório para o controlo de fronteiras.

A entrada nos bares e discotecas deixa de estar condicionada à exigência de teste negativo, o mesmo acontecendo para o acesso a grandes eventos e a recintos desportivos.

Por seu lado, o teste negativo ao coronavírus SARS-CoV-2 mantém-se nas visitas a lares e em estabelecimentos de saúde, tendo em conta que são grupos de especial vulnerabilidade, assim como o uso de máscara nos espaços interiores.

Previsto está também que os contactos de alto risco deixem de ter de ficar em confinamento, passando apenas a estar em isolamento as pessoas que testem positivo ao coronavírus SARS-CoV-2.

O Conselho de Ministros decidiu ainda que o teletrabalho deixa de ser recomendado, passando a vigorar a "normalidade" no que diz respeito ao trabalho, e que os espaços comerciais deixam de ter limitações no número de clientes no interior.

De acordo com António Costa, as medidas entram em vigor após a promulgação pelo Presidente da República.

Ainda na quinta-feira, a Direção-Geral da Saúde recomendou a administração de uma dose de reforço da vacina contra a covid-19 em pessoas que tinham sido vacinadas com a dose adicional por terem imunossupressão grave, admitindo assim uma quarta dose.

Questionado sobre um eventual calendário para avançar com esta quarta dose, António Costa indicou não existir data prevista.

Leia Também: Novo Governo? "O trabalho estará feito a tempo e horas", assegura Costa

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