"Relativamente a esta questão da Ucrânia e da Rússia, não podemos deixar de lamentar não só aquela que foi a posição de Vladimir Putin, mas também do próprio estado russo. Para nós, é fundamental mantermos a paz internacional", afirmou Inês Sousa Real.
Em declarações à agência Lusa e à rádio TSF à margem de uma visita ao Parque Natural de Sintra-Cascais, no distrito de Lisboa, a líder do partido Pessoas-Animais-Natureza foi questionada sobre a situação de tensão entre a Rússia e a Ucrânia.
Lembrando que o mundo atravessa ainda a pandemia da covid-19, Inês Sousa Real apontou que "neste contexto em particular, de uma crise socioeconómica sem precedentes, é absolutamente irresponsável esta postura da Rússia".
"Repudiamos fortemente e apelamos à comunidade internacional que possa de alguma forma intervir e ajudar para que, o quanto antes, retirem as suas tropas do local e que se possa restabelecer um compromisso de paz", salientou.
Defendendo que "o que o mundo precisa a este tempo" é de estar focado "não só na retoma económica mas também no combate à crise climática", a porta-voz e deputada do PAN apontou que essa deveria ser "a guerra em que todos deveríamos estar empenhados e não, evidentemente, em guerras bélicas por ocupação de território que não fazem nenhum sentido".
"O PAN, sendo um partido pacifista, seremos sempre contra qualquer tipo de ação bélica que possa ser promovida por parte de algum estado", garantiu.
Inês Sousa Real acusou também a Rússia de "desrespeito pela soberania dos povos" ao reconhecer a independência dos territórios separatistas no leste da Ucrânia, criticando que essa atitude está "em contraciclo com aquilo que neste momento deveria ser um esforço internacional de todos os países no sentido do restabelecimento da paz".
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou na segunda-feira o reconhecimento por parte deste país da independência de Donetsk e Lugansk, territórios pertencentes à Ucrânia.
Um clima de incerteza em relação a uma possível invasão russa ao território ucraniano caracterizou as últimas semanas, pontuadas por ameaças de sanções pelos países ocidentais.
Hoje, a câmara alta do Parlamento russo aprovou o pedido do Presidente para envio de militares para o estrangeiro, após Vladimir Putin se ter comprometido com assistência militar aos separatistas pró-russos na Ucrânia.
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